Dirigentes do Timão criticam postura do Internacional após mudanças no Brasileirão
100 mil visualizações 45 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Depois das polêmicas declarações do vice-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, sobre o adiamento da última rodada do Campeonato Brasileiro, a diretoria do Corinthians se pronunciou sobre a situação. O calendário do futebol brasileiro foi alterado após o trágico acidente aéreo envolvendo a delação da Chapecoense, que deixou 71 mortos entre jogadores, dirigentes, jornalistas e tripulação.
O mandatário da equipe do Sul falou sobre “tragédia particular” do clube que foge do rebaixamento, depois do adiamento dos últimos confrontos da competição nacional terem sido definidos. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, o diretor de futebol do Corinthians, Flávio Adauto, e o gerente de futebol, Alessandro Nunes, repudiaram a declaração do dirigente sulista.
“A rodada devia ser jogada. Não vai ser normal por causa dos aspectos psicológicos, mas as coisas têm de se desenvolver. O drama do Inter não é um milésimo do que está passando a Chapecoense. Se internamente eles têm problemas e se manifestam, é um direito deles. Particularmente não concordo (...) Não temos como avaliar o sofrimento dos outros. Não dá para comparar nada com o que estão vivendo as pessoas da Chapecoense”, afirmou o diretor.
O diretor continuou reforçando o seguimento do Campeonato Brasileiro, mas foi contra ideia da Chapecoense ter que cumprir o seu compromisso em campo na última rodada da competição. “O campeonato tem de seguir após essa semana de luto. Tem de ser jogada a última rodada. Só excluo desse normal a possibilidade de a Chapecoense jogar. Se não tiver esse jogo, está plenamente justificado. Os demais nove jogos têm de ser jogados normalmente”, declarou Adauto.
Questionado sobre o mesmo assunto, Alessandro Nunes, ex-jogador do Corinthians e atual gerente de futebol do clube, foi conivente a declaração do diretor do seu departamento. O dirigente ressaltou que o momento e, principalmente, o psicológico dos jogadores, dificulta uma disputa nos gramados.
“Concordo com o Flávio. Não existe nenhuma situação que possa justificar essa partida da Chapecoense. Com que cabeça o atleta vai vestir a camisa? Não tem mais uma disputa, um objetivo durante os 90 minutos, isso não existe”, disse o gerente.