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Carille fala ao Meu Timão: 'Mano, em 2014, e Tite, em 2016, viveram o mesmo'

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Carille será o comandante do Corinthians em 2017

Carille será o comandante do Corinthians em 2017

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Fábio Carille tem consciência das dificuldades que enfrentará no início de seu trabalho como treinador efetivado do Corinthians. Elenco sem estrelas, clube com escassez de dinheiro, momento político turbulento, principal rival num bom momento... não faltarão obstáculos à frente do clube mais popular do estado. Mas nada parece tirar a confiança do ex-lateral-esquerdo, que chegou ao Parque São Jorge para ser auxiliar na temporada 2009.

É isso que Carille demonstra nessa entrevista exclusiva concedida ao Meu Timão. O comandante alvinegro, que volta ao batente nesta quarta-feira para acompanhar a Copinha em in loco, ignora o fato de não ter sido bancado pela diretoria até o fim do Brasileiro após a saída de Tite para a Seleção e fala de seus planos para 2017.

Seu antecessor, aliás, é uma de suas inspirações. E não apenas ele. Mano Menezes também faz parte disso. Os dois ex-treinadores do Timão, com passagens vitoriosas, foram obrigados a conviver com períodos de reconstrução. Carille, que foi auxiliar de ambos, pretende colocar em prática ensinamentos dessas épocas para se dar bem nesta temporada.

"Os dois são vitoriosos e trago muitas ideias deles, pois pensam parecidos em relação à forma de jogar com a linha defensiva bem organizada e a equipe bem compacta. Os dois passaram por reformulação de elenco no clube, o Mano em 2014 e o Tite em 2016", lembrou. "Foi um aprendizado grande com ambos, agora é a hora de colocar em prática", completou.

Em 2014, Mano Menezes chegou a falar em 'trabalho sujo' sobre a necessidade de reformular o elenco campeão de tudo. Paulo André, Chicão, Jorge Henrique e Emerson Sheik foram alguns dos jogadores que deixaram o clube na ocasião. Dois anos depois, já nos primeiros dias de 2016, Tite perdeu jogadores para a China. E ele também teve de remontar o elenco com peças novas e jogadores da base.

Carille foi auxiliar de Tite no Corinthians

Carille foi auxiliar de Tite no Corinthians

Agência Corinthians

Quantidade de jogadores que pretende trabalhar, curso na CBF, desconfiança da diretoria, importância da Arena, recado à Fiel... acompanhe alguns dos principais trechos da entrevista exclusiva de Fábio Carille ao Meu Timão:

Entre elogios de alguns e desconfiança de outros, você é o de melhor aproveitamento pós-Tite no Corinthians. O que isso dá confiança para iniciar como treinador em 2017?

O que dá confiança é que fui avaliado por um período curto à frente da equipe, mas um período que foi positivo, um período que serviu de avaliação não só para o Corinthians como também para mim (seis jogos, com 55,5% dos pontos).

De tudo que você vivenciou com Mano e Tite, que foram vitoriosos no Corinthians, o que você leva de cada um? Tem algo específico de cada um deles, seja dentro ou fora de campo, que você possa contar que marcou e você pretende agir da mesma maneira?

Os dois são vitoriosos e trago muitas idéias deles, pois pensam parecidos em relação à forma de jogar com a linha defensiva bem organizada e a equipe bem compacta. Os dois passaram por reformulação de elenco no clube, o Mano em 2014 e o Tite em 2016. Foi um aprendizado muito grande com ambos e, agora, é a hora de colocar em prática.

Para muita gente, você deveria ter sido efetivado lá atrás, na saída do Tite. Como foi para você não ter sido aquela vez e ter essa chance agora?

Tudo acontece no momento certo, e não começo do zero pois se fui efetivado agora é porque houve uma avaliação no período que fiquei à frente da equipe. Estou muito feliz e confiante de que vamos realizar um grande trabalho.

O elenco atual, com as chegadas de e Luigi, tem 30 jogadores. Isso ainda não conta os jogadores que voltam de empréstimo e os jovens da base, como Léo Jabá e Rodrigo Figueiredo. Você disse que seria legal trabalhar com 24 de linha e quatro goleiros. Como vem trabalhando isso levando em consideração que ainda deve chegar alguns reforços...

O ideal é trabalhar com 28 jogadores. Para definir o elenco para este ano, temos que esperar. Esse é um período de negociações dentro do futebol, esperamos não perder jogadores e a também chegada de outros para ficarmos com um elenco mais qualificado e equilibrado.

Você fez o curso da CBF no último mês junto de outros profissionais. O que ele foi de produtivo? Como você enxerga o atual futebol profissional?

O curso foi ótimo, com muitas discussões e debates em pról do nosso futebol. E tendo como alunos profissionais importantíssimos, como Toninho Cerezo, Silas, Roque Júnior, Ricardinho, entre outros. Vejo que os técnicos do nosso país estão buscando conhecimento para acrescentar no seu dia-dia e, com isso, nosso futebol passa a ter equipes mais organizadas dentro do campo. Estamos buscando cada vez mais excelência na nossa profissão.

O Corinthians, inclusive com sua participação, foi referência na utilização do Cifut para monitoramento de adversários e de possíveis contratados. Algo que parece ter ficado uum pouco de lado no último semestre. Será um departamento importante no seu dia a dia?

Sim, vamos trabalhar em conjunto o tempo todo, pois um detalhe pode ser decisivo.

Como pretende ver sua equipe? Posse de bola ou velocidade na saída? Propondo o jogo ou mais no contra-ataque?

Quero uma equipe com bastante posse de bola e propondo jogo, é o que pretendo. Mas a forma de jogar e as estratégias de jogo vão depender do elenco que vai ser formado.

Se fala que Uendel, Marquinhos, Giovanni, Rodriguinho... enfim, alguns dos principais jogadores do elenco podem sair. Isso preocupa a torcida. Esses jogadores já estão adaptados à torcida e ao clube. Qual o tamanho da perda se eles saírem realmente?

Estou conversando muito com o Flávio Adauto e com o Alessandro. Sabemos da importância da permanência de vários jogadores e chegada de outros para fortalecer o grupo. Foi um primeiro ano do Marquinhos, Giovanni, Marlone, entre outros. E tenho certeza que, se permanecerem, o rendimento deles vai ser melhor do que foi em 2016.

Após 88 jogos, o Corinthians tem quase 80% dos pontos na Arena. Foram apenas 6 derrotas. Qual importância do estádio na vida da equipe? O que fazer para que essa força do estádio seja a mesma em 2017?

Jogar na Arena com o apoio da torcida é fundamental. E, para mantermos essa porcentagem alta, temos que nos impor, sendo um equipe organizada e de muita entrega. É o que o torcedor gosta e espera.

Por fim, um recado à torcida do Corinthians. O que você gostaria de pedir aos torcedores e prometer em relação a esse início de trabalho?

Que seja um ano abençoado para todos nós, quero pedir que confie no trabalho, que apoiem principalmente neste início pois a resposta será positiva. E podem esperar uma equipe muito organizada, propondo jogo e disputando todos os lances como se fosse o último. Que 2017 seja um ano de bastante saúde e sabedoria para todos nós.

Veja mais em: Fábio Carille.

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