Carlinhos foi uma das gratas surpresas do Corinthians na Copa São Paulo de Futebol Júnior. No dia posterior à conquista no Pacaembu, o camisa 9 do Timãozinho revelou um pedido inusitado do zagueiro Thiago, companheiro de equipe: que o atacante marcasse um gol e acabasse com a angústia dos mais de 35 mil torcedores presentes no estádio.

Ao ser questionado sobre suas características de jogo, Carlinhos explicou que gosta de se movimentar na área, não ficar parado próximo do gol. No entanto, apesar disso, consegue der decisivo a favor do Corinthians, aptidão que o faz ter a confiança de outros atletas do time. “Sempre busquei o jogo. Joguei muito salão, você fica acostuma a sair, pegar a bola e fazer 'um dois'. O professor pede para eu sair às vezes quando a bola não chega. Não gosto de ficar parado esperando. Quero sempre participar das jogadas, finalizar em gol. Não sou um centroavante fixo que fica lá dentro. Gosto de usar minha habilidade, minha velocidade e usar isso em prol do jogo”, disse Carlinhos à ESPN Brasil.

O camisa 9, então, relatou um momento curioso da vitória por 2 a 1 sobre o Batatais. “Como o Thiago, nosso zagueiro, pegou e chegou a mim em um escanteio na área adversária: 'Carlinhos, decide o jogo para a gente, por favor!'. Eu falei para ele ter calma e que o gol iria sair logo mais”, contou.

O primeiro gol do Corinthians na decisão da Copinha foi justamente do centroavante. Após belo cruzamento da direita de Marquinhos, Carlinhos subiu de cabeça e colocou no fundo das redes. Minutos depois, foi a vez do atacante servir o camisa 11, que recebeu passe na entrada da área e ampliou. O Batatais até conseguiu descontar, mas viu o Pacaembu explodir com o décimo título do Timão no torneio.

Embora tenha ganhado novo status com a torcida alvinegra, Carlinhos não deixou de recordar o início de sua passagem pelo Parque São Jorge. Ele foi revelado pelo Grêmio Novorizontino, em 2014, quando chegou até a fazer parte do elenco profissional do clube na Série A3 do Campeonato Paulista.

“O momento foi difícil. Eu saí de um profissional, e fui para uma categoria abaixo. Disputei uma taça pelo Novorizontino, me destaquei e regredi de categoria. Foi difícil porque cheguei de um profissional, você vir, ficar no banco, ir pra posições que não são suas... Vim para ajudar, somar com o Corinthians e deu tudo certo. Às vezes o professor Osmar me colocava de ponta. Sempre deixei bem claro para ele que minha posição era centroavante. Sair, buscar o jogo, tabelar, entrar na área e fazer gols. De ponta ele me usava por causa da minha velocidade e dribles. O bom é que voltei para minha posição e voltei bem”, finalizou.

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