Andrés responde sobre influência dentro do Corinthians e critica Lava-Jato e impeachment
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Por Meu Timão
Presidente do Corinthians entre 2007 e 2011, Andrés Sanchez ainda possui forte influência dentro do clube. Responsável pelo período de recomeço do Timão ao longo da década, Andrés se manifestou a respeito de decisões internas da diretoria corinthiana. Questionado sobre seu poder, o dirigente não escondeu a parcela de contribuição, porém apontou Roberto de Andrade como o principal responsável.
"É óbvio que, como ex-presidente do Corinthians, eu tenho uma ascendência. Mas é a minha opinião. 'Não concordo com isso, acho isso errado'… Não fui eu que contratei o Cristóvão (Borges), quem contratou foi o presidente. Quando me chamaram na reunião, eu dei o nome do Cristóvão. Eu dou meu palpite, falo que isso está errado ou certo, mas quem toma a decisão é o presidente. Quem manda é ele", disse Andrés, em participação no programa No Ar, do Esporte Interativo.
Consciente da atual crise instaurada no Corinthians, o ex-presidente citou a menção do clube nas investigações da operação Lava-Jato. Para Andrés, em virtude do envolvimento da Arena Corinthians no caso, o fato vem prejudicando as negociações e gerando críticas internas no Timão.
"Eu quero que acabem logo as investigações [Lava-Jato]. Toda obra do Odebrecht, de dois anos para cá, está sendo investigada, e o estádio é mais um. É uma tortura. Quem vai investir no estádio? Quem vai comprar camarote? Pessoas dentro do Corinthians estão depreciando o patrimônio do clube. Falaram que o estádio ia cair, ia desabar. Isso é um absurdo. Infelizmente, temos que conviver com isso. Mas acho que tem que investigar o mais rápido possível", complementou.
A respeito do processo de impeachment, outro fato que na opinião de Andrés afeta diretamente a evolução do Corinthians, o dirigente se mostrou contrário à possibilidade. Segundo o ex-presidente, divergências políticas são naturais em uma democracia.
"Acho que o impeachment é uma coisa muito traumática para o clube neste momento. Só de falar atrapalha negociação, atrapalha patrocínios (…). Novas lideranças estão aparecendo e criando poder muito mais rápido do que se devia. Mas a democracia tem dessas coisas", finalizou.