Roberto de Andrade 'projeta' possível saída do Corinthians e vê impeachment como golpe
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Por Meu Timão
Sob risco de destituição do cargo, o presidente Roberto de Andrade lida com intensa pressão até a próxima segunda-feira, data definida para reunião do Conselho Deliberativo do clube. Não bastasse a imposição interna, o mandatário também convive com enorme reprovação por parte da torcida, em virtude da atual crise política do Timão e que reflete diretamente nos gramados.
Apontado por assinar documentos como presidente do Corinthians em datas onde o mandato ainda não estava em vigência, Roberto de Andrade possui acusação desde novembro. Agora na reta final do processo administrado pelos conselheiros do clube, o mandatário revelou sua atual situação diante do fato.
"Eu fico apreensivo, sem sombra de dúvida. Mas se acontecer de eu sofrer o impeachment, vou para casa e recomeçarei minha vida no dia seguinte. Já o Corinthians terá sua vida muito prejudicada com uma decisão como essa", declarou Roberto de Andrade em entrevista ao Yahoo Esportes.
Destacando a inocência, Roberto de Andrade atribuiu o pedido de impeachment à oposição dentro do clube. Para o presidente, a enorme ambição pelo cargo impulsionou o processo. "Tenho certeza de que é [golpe político]. A Comissão de Ética já mostrou que não cometi crime nenhum. O problema é que no Corinthians todo mundo quer o poder. O clube está há quatro meses parado por causa dessa agitação. É coisa de um bando de oportunistas", complementou.
Determinado em não praticar a renúncia do cargo, Roberto de Andrade resistirá na função, aguardando a definição por votos. Consciente de falhas desde o início da gestão - em fevereiro 2015 - o presidente reiterou o desgaste pelo atual quadro, negando qualquer ação proibida no estatuto do clube.
"É óbvio que cometi erros, como todo mundo que assume um clube como o Corinthians. Mas não foi nada de propósito ou pensado para prejudicar o clube. Se eu tivesse roubado, concordaria com o impeachment, mas não tem absolutamente nada ilegal. Não vou renunciar. Se fosse para fazer isso, já teria tomado a decisão há muito tempo e não sofreria com todo esse desgaste", finalizou.
Sendo assim, na possibilidade de desfecho negativo a Roberto de Andrade na próxima segunda-feira, André Luiz de Oliveira, o André Negão, vice-presidente corinthiano, assume o cargo. Na sequência, a assembleia definitiva para o impeachment ocorre de 30 a 60 dias, definindo então o futuro da diretoria alvinegra.