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Corinthians: fábrica em descompasso
Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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Corinthians: fábrica em descompasso

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Corinthians: fábrica em descompasso

Dessincronia: o atacante Jô, travado entre adversários

Foto: Agência Corinthians

Pense em uma unidade fabril moderna. Dez segundos... Pensou? Provavelmente, então, concordamos. Ela tem quatro características que definem a participação na chamada "nova economia".

1) Excelência em processos, constituídos especialmente pelos colaboradores;

2) Agilidade, porque o mundo é competitivo; quem atrasa o passo vê o concorrente tomar seu lugar;

3) Criatividade, porque não basta ser bom; é preciso inovar (como fazem as startups) e atender às demandas da clientela em metamorfose;

4) Escala na produção; pois sem o produto concluído não se gera valor.

Hoje, qualquer organização pode ser comparada a uma unidade fabril ou a uma central de serviços. Não importa se ela está na China, no Japão, em Cuba ou no interior do Mato Grosso.

Não é diferente com os times de futebol. Eles dependem de rotinas operativas que se convertem ou não em valor.

No que, afinal, falhamos?

1) Nossos processos ainda carecem de padrão de excelência; basta acompanhar a performance de colaboradores como Guilherme, entre outros.

2) Falta ao time de Carille também o entrosamento e a confiança que geram agilidade; pensa-se demais na saída de bola, o que permite a reorganização do adversário.

3) Joga-se ainda muito "by the book", com medo do erro, no desenho manjado, nas variações emboladas do bloco de trinta metros (às vezes bem mais) do 4-1-4-1.

4) Se a produção do futebol pudesse ser medida, talvez fosse em gols; mas neste quesito predomina o erro, a escala mínima. A assistência é torta, a conclusão é imprecisa, ocorrências visíveis na série de três partidas sem vitória.

Logicamente, o time tem evoluído, faça-se justiça. Mas o ritmo é lento. Por vezes, há sucesso pontual, como nos embates contra Palmeiras e Santos. Em ambos, no entanto, contou especialmente a raça, mais do que uma produção "just in time", seriada, fluída, como estabeleceria um manual de gestão da Toyota.

Cabe ressaltar que a equipe de trabalho da "fábrica" Corinthians tem muita mão de obra novata. É gente boa, mas ainda em fase de aprendizado e treinamento.

Do lado de cá, convém ter paciência. Do lado de lá, no entanto, é necessário um trabalho sério de rotinização da operação, com desenvolvimento de talentos, aumento de produtividade e atenção maior à demanda do cliente-torcedor.

Melhor seria se, à testa do clube, houvesse essa mentalidade. Pois ela impacta toda a produção. Como não há, resta esperar que os próprios colaboradores encontrem o caminho da sincronia.

Se organiza, Timão!

Veja mais em: Campeonato Paulista.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Coluna do Walter Falceta

Por Walter Falceta

Walter Falceta Jr. é paulistano, jornalista, neto de Michelle Antonio Falcetta, pintor e músico do Bom Retiro que aderiu ao Time do Povo em 1910. É membro do Núcleo de Estudos do Corinthians (NECO).

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    @ciro.hey em

    Aos poucos vamos vendo que Guilherme não é aproveitável.
    Um cara que não consegue jogar nem contra Ferroviária?
    Moisés deveriam ver se a proposta dos Russos ainda está de pé, usar o dinheiro no Pablo e promover o Romão.

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    @psiquiatra em

    Concordo que erram muitos passes e perdem muitos gols, mas o ritmo de jogo é o mesmo dos tempos do Tite, com muita posse de bola e troca de passes desde a saída de bola da defesa.

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    Wilson 1491 comentários

    38º. @wilson.kikawa em

    O que falta a esse time é um pouco de confiança, treinar jogadas ensaidas, jogadas de efeito, um corta luz, uma deixadinha de calcanhar ms sem medo de errar, são essas jogadas que quebram o adversário tem que fazer isso com consciência e entrosamento!

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    Alexandre 64 comentários

    37º. @alexandre.tavares em

    Acho que estamos no caminho certo. Com o mesmo material humano e com Oswaldo ou Cristóvão acredito que estaríamos em lençois muito piores.

    Estou gostando do trabalho do Carille, corajoso em dar chances aos nossos garotos como há muito não se via. Precisamos de paciência, apoio ao treinador e cobrar que a direção faça direito o seu trabalho, pois temos um elenco muito aquém do que deveríamos.

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    Carlos 282 comentários

    36º. @carlos.belo em

    Acho que tá faltando uma saída de bola rápida e outra coisa que dá muito resultado é a criação de jogadas de bola parada. Temos que aproveitar no mínimo o Jô e o Pablo que já mostraram que são bons cabeceadores.

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    Marcio 35 comentários

    35º. @marboro em

    Sabias palavras o time precisa de confiança e entrossamento.
    de resto tudo ok

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    Myro 5813 comentários

    34º. @psiquiatra em

    Concordo que erram muitos passes e perdem muitos gols, mas o ritmo de jogo é o mesmo dos tempos do Tite, com muita posse de bola e troca de passes desde a saída de bola da defesa.