Medidas e punições que não diminuem a violência
Opinião de Danilo Augusto
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Desde a década de 90, a festa nas arquibancadas mudou muito. Aos poucos, tudo foi sendo proibido. Tiraram bandeiras de mastro, tiraram faixas, bandeirões, sinalizadores, estádio dividido meio a meio em clássicos. depois tiraram até os 5% da torcida rival (previsto até no estatuto do torcedor) em clássicos no estado de São Paulo
Hoje o Corinthians levou mais uma punição por sinalizadores no estádio durante o clássico contra o Palmeiras. Instantaneamente, pensamos que é um problema os torcedores desrespeitarem a regra. Mas pensem que é um problema ainda maior essa regra existir.
Todas essas medidas e punições acima, baixaram a violência? Não. Mortes continuam acontecendo, normalmente bem longe do estádio, as vezes nem em dia de jogo. Na última semana, um ex-fundador da Mancha Verde foi assassinado a tiros enquanto andava de carro numa quinta-feira sem jogo do Palmeiras.
No clássico entre Fluminense e Flamengo deste domingo houve uma agressão dentro do estádio. Torcedores do Fluminense se agrediram por descordarem entre si se o clube jogou bem ou não. Qual será a próxima medida que irão tomar? Distância mínima de 2 metros entre cada torcedor?
Quanto mais bloqueiam, mais chato o espetáculo fica e a violência não diminui. Talvez seja melhor começar em outros tipos de punição. Mas não parece que tem alguém preocupado com futebol no Ministério Público.
Talvez o próprio clube Corinthians, pensando em como melhorar o espetáculo, poderia providenciar fogos de artifício e bandeiras (já que a torcida não pode levar). Buscar autorização para dar mais liberdade ao público também poderia fazer dos jogos na Arena Corinthians um momento mais emocionante a cada torcedor.
Para finalizar o post aqui, uma foto que gosto, de 1976, no Maracanã. Reparem como era mais bonita a festa.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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