De negociações frustradas ao título 'extraordinário' pelo Corinthians: o destino de Paulo Roberto
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Por Meu Timão
Sem dúvida alguma, a contratação do Corinthians mais contestada pela torcida no início de 2017 foi a do volante Paulo Roberto, então reserva do Sport. O ninguém poderia imaginar é que, cerca de quatro meses depois, ele seria ovacionado por mais de 46 mil corinthianos presentes na Arena numa final de Campeonato Paulista.
"É uma coisa que eu já vinha pensando há muito tempo, desde o início das críticas. Eu vim aqui porque tinha condições de vir, não para compor elenco", comentou, em entrevista concedida à imprensa na zona mista da Arena ao término do jogo contra a Ponte Preta, no último domingo, poucos minutos após levantar a taça de campeão estadual.
Paulo Roberto, de fato, foi talvez a maior das surpresas do Corinthians nesses primeiros meses de temporada. Não demorou para conquistar espaço no elenco e se tornar reserva imediato de Gabriel. Com a suspensão do camisa 5, "angariou" uma vaguinha na equipe titular na finalíssima do maior estadual do país.
"Me mantive focado o campeonato todo. Nas poucas oportunidades que tive procurei manter o bom nível da equipe. Quando eu entrei, não deixei o nível dos nossos jogos cair", resumiu.
No bate-papo com os jornalistas, na chamada zona mista da Arena, Paulo Roberto desabafou. Desde frustradas negociações com o Corinthians no passado ao destino de ter jogado contra a Ponte Preta três de suas quatro partidas pelo Timão nesta edição do Paulistão. A reviravolta das críticas aos aplausos, é claro, também foi lembrada.
Como foi disputar a final?
Carille vinha sempre conversando comigo. É claro que numa final é muito especial. O grupo também me deu muita força para eu poder ir bem. Deu tudo certo e pudemos comemorar o título.
Dos quatro jogos no Paulistão, três contra a Ponte Preta. Destino?
Pode ser destino, não sei. Foram três jogos bacanas. Como eu disse antes, o grupo me deu tranquilidade, o Carille também. Foram três jogos, bacana, eu conheci o estilo de jogo deles. Foi uma coisa que facilitou para que eu fosse bem. Só posso agradecer e agora me manter focado com os pezinhos no chão
Quanta coisa aconteceu do início do ano até aqui, né?
Tiveram outras oportunidades, mas acabei não vindo, e hoje estou mais cascudo. Tudo tem um propósito e aconteceu para que esse momento se realizasse. Hoje devo agradecer muito o apoio da torcida.
E a torcida? Qual a sensação de ser campeão na Arena?
É uma loucura. Desde quando chegamos no estádio, a torcida nos recebeu muito bem. Ver essa Arena lotada... Eu já ganhei títulos por outros clubes, mas ganhar um título pelo Corinthians, junto com a torcida, é uma coisa extraordinária.
Corinthians chega como um dos favoritos no Brasileirão?
Eu acredito que sim, pelos jogos que a gente vem fazendo. Mesmo os jogos que não fomos tão bem, mantivemos um padrão. Então acho que a gente vem muito forte para o Brasileiro sim. É um campeonato mais longo e temos um grupo muito forte. Temos tudo para brigar lá em cima.