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Maycon vibra com bom momento, conta como ganhou camisa 8 e dá detalhes da ascensão do Corinthians

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Maycon comemora gol sobre o Internacional, o quarto dele pelo Corinthians

Maycon comemora gol sobre o Internacional, o quarto dele pelo Corinthians

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Campeão paulista, titular absoluto, prata da casa que “vingou”... Aos 19 anos, o volante Maycon tem inúmeros motivos para comemorar o momento que atravessa no Corinthians, mas prefere ser cuidadoso com as palavras e evitar qualquer indício de deslumbramento.

Após a estreia no profissional, na vitória por 2 a 1 diante do Capivariano, em fevereiro de 2016, o meio-campista não demorou a receber elogios de Tite, à época treinador do Timão, que chegou a compará-lo ao veterano Elias. “Ele tem rodinha no pé, tem passe curto, transição, recomposição importante, não é brucutu, ele tem jogo. Isso é legal. Que bom que o garoto da base seja assim”, disse o hoje técnico da Seleção Brasileira.

Ainda assim, Maycon viu sua carreira ganhar um novo rumo. Foi emprestado à Ponte Preta pouco tempo depois a fim de adquirir experiência em outra equipe de grande porte do futebol brasileiro. Por lá, ganhou confiança, se destacou e ajudou o time a terminar o Campeonato Brasileiro na oitava colocação, uma atrás do Corinthians e a duas da zona de classificação à Copa Libertadores da América.

Maycon recebeu a reportagem do Meu Timão depois do treinamento do Corinthians realizado nessa quarta-feira à tarde, no CT Joaquim Grava. Dono de fala branda, contou a respeito do período em que atuou em Campinas, do retorno ao Parque São Jorge e da importância da família na sua carreira.

O novo camisa 8 corinthiano, que fez uso do número pela primeira vez no empate com a Chapecoense, também revelou ter se surpreendido com a direção do clube ao ser indicado para usá-la, muito em função do histórico carregado pelo manto. “Um pouquinho de pressão saber que Paulinho jogou, uma série de jogadores fizeram história (com a camisa 8). Mas sonhei com isso, em ser reconhecido, acho que estou conseguindo fazer uma sequência boa de jogos”, comenta o jogador.

Entre outros assuntos, Maycon rasgou elogios ao atacante Clayson, provável reforço do Timão, com quem dividiu vestiário na Ponte Preta. Na avaliação do volante, a eminente contratação alvinegra, que deve ser anunciada nesta quinta-feira, tem condições de corresponder às expectativas da comissão técnica e da torcida. “Tem muita qualidade, foi vice lá na Ponte, jogos principalmente contra Santos e Palmeiras foi um jogador fundamental. Ano passado fez um bom campeonato também, jogador que vai chegar para ajudar”, garante.

Por fim, o volante corinthiano ainda respondeu algumas perguntas feitas por usuários do Meu Timão. Você pode conferir as respostas no vídeo abaixo.

Confira a entrevista exclusiva de Maycon ao Meu Timão

Meu Timão: No ano passado, você chegou a fazer alguns jogos pela equipe profissional do Corinthians, mas logo foi emprestado. O que o fez acreditar que 2017 seria diferente para você aqui?

Maycon: Pelo fato de eu ter conseguido uma sequência de jogos aqui e, consequentemente, fui emprestado, consegui ser titular numa Série A, num campeonato muito disputado, Copa do Brasil fomos bem também, e eu sabia que tinha sido emprestado para voltar com experiência, com mais rodagem, bagagem de jogo. Então foi com esse intuito, de voltar para brigar mais pela minha posição com mais bagagem de jogos, e graças a Deus estou conseguindo me firmar.

Imagino que a última palavra antes da transferência à Ponte Preta tenha sido sua. Mas você se entristeceu com o fato de ser pouco aproveitado tanto com o Tite como com o Cristóvão?

Eu busquei jogar aqui. Fiz bons jogos, acho que fiz um jogo importante de Libertadores, joguei dois, três jogos da Libertadores, joguei também bons jogos no Paulista. Fiz bom papel aqui, mas sabia que minha concorrência era muito grande, desde quando subi tinha jogadores de história aqui no Corinthians. Sabia que seria muito difícil, uma hora acumulou jogadores numa sequência muito boa de jogos, o time foi se encaixando, sabia que seria difícil. Não me entristeceu, não, acho que foi para o meu crescimento, foi bom para o clube porque voltei mais experiente, com mais rodagem. Eu poderia ter jogado no final do ano depois que Elias e Bruno Henrique saíram, acho que poderia ter abrido uma chance para mim, mas já estava na Ponte, não sabia que eles iam sair, foi uma surpresa também para muitos eles terem saído. Eu tomei uma decisão, queria ir para a Ponte para mostrar meu valor e voltar para brigar para ser titular.

Nota da redação – Maycon disputou três partidas da Copa Libertadores 2016 pelo Corinthians antes de ser emprestado à Ponte Preta: vitórias por 2 a 0 sobre Cerro Porteño (PAR), 6 a 0 diante do Cobresal (CHI) e empate por 1 a 1 com Independiente Santa Fe (COL).

Volante fez estreia na Libertadores contra o Cerro Porteno, em março do ano passado

Volante fez estreia na Libertadores contra o Cerro Porteño, em março do ano passado

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Na Ponte, você jogou bastante com o Eduardo Baptista, aliás, uma boa campanha da equipe no Brasileiro, e pôde voltar em alta para cá. Acha que se tivesse recusado o empréstimo você seria titular hoje?

Não sei... (pausa) Como falei, eu estava aqui, tinha jogadores que se encaixaram e que estavam num bom nível, um nível muito alto de jogo. Era difícil para mim, não sabia que eles iam sair, não sabia o que poderia acontecer, sabia que tinha a oportunidade de ir para a Ponte. Analisei junto com a minha família, junto com o pessoal que trabalha comigo e decidimos que seria uma boa, o clube também concordou. Poderia ter jogado no final do ano passado, o time estava se reformulando depois de uma série de jogadores ter deixado o clube. Eu poderia ter jogado, sim, mas já tinha tomado minha decisão, resolvi jogar lá na Ponte e voltei um pouco mais experiente, com um pouquinho mais de bagagem, sempre importante para jogador novo. Não me arrependo e fico feliz de ter voltado bem.

O futebol do Corinthians teve uma ascensão perceptível, técnica e taticamente, durante o Campeonato Paulista, o que surpreendeu até mesmo o Carille. Você também entende assim? O que foi fundamental para que o time tivesse essa ascensão?

No começo do campeonato é difícil, são muitos jogadores que chegam, jogadores que estavam sendo testados até pelo fato de não ter conseguido a classificação para a Libertadores, não ter sido um ano tão bom para o clube. Então são jogadores que precisavam de confiança, jogadores que precisavam do respaldo tanto da comissão técnica como da torcida também, tiveram paciência, sempre nos apoiaram. Jogo contra o Palmeiras foi fundamental, lotaram a Arena, um jogo super difícil, que sabíamos que estariam testando a gente, nosso nível de jogo, onde poderíamos chegar. O conjunto também, a sequência de jogos, a gente conseguiu bons resultados juntos, entrosamento foi pegando aos poucos. Acho que a gente tem muito a melhorar ainda com entrosamento, sequência de jogos era muito grande no começo, não dava tempo de treinar. Hoje estamos com tempo para treinar e isso tudo é muito importante.

O Brasileirão é conhecido por ser um campeonato singular, que requer elenco, muitas peças de reposição. Onde acha que esse elenco pode chegar na temporada?

Nosso grupo é muito bom, um grupo muito forte, muito unido. Acho que, se for para chegar alguém, vai chegar para agregar valores, com certeza será muito bem recebido aqui. É um campeonato muito longo, a gente não sabe o que pode acontecer, pode se machucar e o reserva estar suspenso na partida. Precisa de um elenco, precisa de um grupo forte, essa competição requer isso porque não pode perder pontos, não pode deixar de ganhar pontos fora de casa, não pode perder pontos dentro de casa, então isso é sempre muito importante, requer muito elenco. O Fábio acha que precisa de contratações, então será bem recebido por nós e vai agregar.

Momento em que Maycon dá assistência para gol de Jô na marcante vitória ante o Palmeiras

Momento em que Maycon dá assistência para gol de contra o Palmeiras

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Está torcendo pela chegada do Clayson?

Bom jogador, acho que vai chegar para ajudar a gente. Tem muita qualidade, foi vice lá na Ponte, jogos principalmente contra Santos e Palmeiras foi um jogador fundamental. Ano passado fez um bom campeonato também, jogador que vai chegar para ajudar, um menino bom, tem 22 anos, cabeça boa, o conheci bastante. Muito bacana ele estar próximo de vir para cá.

Acha que o Corinthians tem um jogador de características semelhantes às dele?

Ano passado eu joguei com ele na beirada, né? Fazendo mais ou menos a função do Romero, do Léo Jabá, do Clayton. Acho que temos jogadores, mas, como falei, o importante é ter elenco, importante a briga entre os jogadores da mesma posição. Nosso elenco requer isso, tem centroavante bom jogando, bom na reserva, como atacante, meia, volante... Cria competitividade e o grupo só tem a crescer com isso.

Nota da redação – Clayson, companheiro de Maycon na Ponte Preta, deve ser anunciado como reforço do Corinthians nesta quinta-feira. O atacante já foi aprovado em exames médicos e assinará contrato com o Timão válido por quatro temporadas.

Mudando um pouquinho de assunto, você estreou uma nova camisa contra a Chapecoense, a de número 8. Caiu bem o novo número?

(Risos) Um pouquinho de pressão saber que Paulinho jogou, uma série de jogadores fizeram história. Mas sonhei com isso, em ser reconhecido, acho que estou conseguindo fazer uma sequência boa de jogos. Fico muito feliz de estar representando bem a camisa do Corinthians independente do número, mas, com certeza, vi Paulinho sendo campeão da Libertadores e mundial com essa camisa, a gente sabe da responsabilidade. Mas é tranquilo, seguir o jogo, é uma camisa que joguei a Copinha e me dei bem, então fiquei tranquilo e feliz com isso, a diretoria me chamando para ver se queria usá-la. Fico honrado com isso.

Alguma referência ao camisa 8 do último título brasileiro do Corinthians?

Posição um pouco diferente, Renato Augusto é mais meia-armador, mais ali (da função) do Rodriguinho. Mas se eu puder repetir o que ele fez, chegar aonde ele chegou, ficaria feliz também, seria uma honra, Seleção Brasileira e tudo mais.

Antes dono da camisa 30, jogador estreou número 8 diante da Chapecoense

Antes dono da camisa 30, jogador estreou número 8 diante da Chapecoense

Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

Recentemente você recebeu uma notícia especial que foi o nascimento do seu primeiro filho. Como está a adaptação à nova rotina? Isso já começou a influenciá-lo dentro de campo, no seu dia a dia?

Sempre joguei por pessoas, joguei pelo meu pai, pela minha mãe, consequentemente pela minha esposa agora, e meu filho chegando. Acho que desde o início da minha carreira fiz meu sonho, mas também querendo ajudar as pessoas que eu amo. É mais um para agregar na família, para me motivar bastante... Estou me adaptando ainda, ele tem 20 dias, então é uma felicidade imensa, cara. É legal ser pai, acho que é uma experiência boa, que a gente vai se acostumando com o tempo. Com certeza vai me motivar a dar muitas alegrias ainda.

Nota da redação – Asafe Lucca, primeiro filho de Maycon com a esposa Lyara, nasceu no último dia 27. O nome da criança tem origem hebraica e significa “Deus se apoderou”.

Ontem (terça-feira) vocês receberam a visita do Dilsinho em um churrasco entre vocês aqui no CT. Qual o tamanho da importância de uma união como essa em um time?

É muito importante. O principal ponto que a nossa equipe viu que deu certo no Paulista era a união, jogadores que não estão jogando, mas estão ajudando a gente dentro de campo, estão nos orientando. Às vezes o Fábio não consegue ver tudo, mas os jogadores estão lá no banco também, chegam no vestiário e dão um toque, então isso é muito importante porque cria um grupo muito bom, muito saudável de se viver, a gente fica feliz de estar convivendo junto. É um ano de muitos jogos, de muita pressão em cima do Corinthians, e em um ambiente ruim é difícil de conviver. A gente está tentando deixar o ambiente o mais sadio possível, estamos criando uma amizade muito grande, já criou no Paulista, viu o resultado que deu, então vamos manter isso porque é uma forma muito boa de produzir bastante e sabendo que no Corinthians sempre tem muita pressão, sempre tem imprensa, torcida sempre cobrando muito. Nos mantemos unidos para seguir bem nos jogos.

Você disse que a união foi fundamental, mas as críticas também pesaram, papo de quarta força...

Acho que a gente sabia da força do nosso grupo, isso que se criou não interferiu muito aqui porque sabíamos que era com trabalho, dentro de campo. Ninguém vence campeonato antes dele começar, é sempre passo a passo, jogo a jogo vai se criando um campeão. Foi assim que a gente fez no Paulista, é com esse pensamento que entramos no Brasileiro, não pensar lá na frente ainda, primeiro o Vitória, depois o Atlético-GO e vamos assim porque nossa equipe é muito forte e vamos conseguir dar muitas alegrias tanto para a torcida do Corinthians como nós mesmos, porque é uma satisfação muito grande ser vencedor aqui.

Maycon 36 jogos como profissional pelo Corinthians; apenas duas derrotas

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Meu Timão

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