Após confronto no Couto Pereira, Carille lamenta impunidade, faz cobrança e cita Inglaterra
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Por Vinícius Souza
A violenta confusão protagonizada por torcedores do Coritiba na manhã deste domingo, que hospitalizou seis pessoas, entre elas uma em estado grave, foi tema da entrevista coletiva do técnico Fábio Carille após o empate do Corinthians por 0 a 0 no Couto Pereira. Visivelmente abalado, o treinador chegou a dizer que não tocaria no assunto, mas não deixou de fazer cobranças às autoridades competentes para que os agressores sejam punidos conforme determina a lei.
“Não falo sobre briga, falo sobre jogo. Nosso desempenho foi abaixo do normal, não jogamos bem, foi essa a conversa depois no vestiário. Por isso valorizamos o ponto conquistado aqui. Dependemos do jogo do Grêmio...”, disse Carille, pouco antes de dizer que não cabe aos envolvidos diretamente com o futebol – atletas, técnicos e dirigentes – encontrar uma solução à violência relacionada a torcidas.
“Por isso eu não quero falar. Já falei várias vezes, mas não adianta, não tem que partir de nós. Jogadores já entraram com faixas no campo. Mas enquanto nossas autoridades não se mexerem...”, frisou, citando ainda o futebol inglês como exemplo. “A Inglaterra era o pior lugar por brigas e resolveram. Por que nós não conseguimos?”, questionou o treinador do Corinthians.
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Horas antes de a bola rolar, veículos com torcedores do Corinthians foram apedrejados por torcedores do time mandante ao acessarem uma via fora do trajeto que levaria à entrada destinada aos visitantes. Houve confronto a poucos metros do estádio, e ao menos seis pessoas foram encaminhadas ao hospital.
A Polícia Militar chegou a informar que uma delas, um homem que vestia uma camisa do Corinthians, havia falecido. Em seguida, porém, confirmou que o mesmo havia sido reanimado no hospital e se encontrava em estado grave.
“Eu não sei realmente o que aconteceu, mas a gente está cansado de repetir mais. Tem de vir da legislação, mudar as leis, todo mundo faz o que quer e ninguém é punido? Não adianta ficarmos dentro de campo e nossas autoridades não se mexerem”, concluiu.