Cassini revela propostas de renovação escondidas por empresário que o tirou do Corinthians
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Por Meu Timão
Destaque do Corinthians na Copa São Paulo de 2015, Matheus Cassini despertou esperança em grande parte da torcida alvinegra. Já entre os profissionais, no entanto, o promissor jogador deixou o clube cedo para dar os primeiros passos no futebol europeu, defendendo o Palermo, da Itália. Controversa na época, a transferência só foi entendida e explicada pelo garoto neste ano, já de volta ao futebol brasileiro.
"Quando eu estava no Corinthians eu era muito inocente, não entendia nada de contrato, essas coisas. E quando eu voltei, eu entendi que chegaram propostas para meu empresário e ele não aceitou. E eu não sabia de nada. Estava acabando meu contrato com o empresário e o Corinthians fez uma proposta pra mim, mas para ele não era interessante que eu ficasse lá e se ele não me vendesse, ele não teria retorno. Então ele escondeu as propostas que o Corinthians fez, para me vender e ganhar a porcentagem dele, que ele tinha mais do que a metade, se não me engano. Depois que eu fui para o Palermo me largaram", revelou o jogador de 21 anos, em entrevista ao Lance!.
"Me arrependo de ter aceitado ir. Na hora que o pessoal quer ganhar dinheiro, é o 'que chore a mãe dos outros, mas não a nossa'. É difícil. Tem muita gente mau caráter que gosta de fazer esse tipo de coisa, esse é o mal de futebol.", completou.
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Mesmo com o pouco tempo entre o elenco principal do Corinthians, Cassini não esquece do técnico que o promoveu. Hoje comandante da Seleção Brasileira, foi Adenor Leonardo Bachi o nome a dar oportunidade ao garoto entre os profissionais. A falta de minutos em campo não magoa e a gratidão nunca se apaga.
"O Tite foi na final da Copinha, mandava vídeos para nós nos incentivando, e o que ele priorizava era o merecimento e o trabalho. Era muito justo, podia ser quem for, se eu cheguei ontem e eu merecesse jogar, eu jogava. Além disso, o respeito, a humildade, dentro de campo eu nem preciso falar muito, todos conhecem. É inexplicável trabalhar com ele. Só quem está com ele no dia a dia, sabe o sentimento", valorizou.
Além de Corinthians e Palermo, Matheus Cassini acumula passagens por Zapresic, da Croácia, Siracusa, da Itália e Ponte Preta, no início desse ano. Agora parte do elenco B do rival Santos, o meia ainda mantém contato com seus ex-companheiros de equipe Maycon e Guilherme Arana, importantes no momento do time de Carille, líder do Campeonato Brasileiro.
"Fomos campeões na Copinha, no Sub-17, no Sub-20. Mantenho contato com eles. Pessoal muito humilde, não subiu pra cabeça. Subiram, tão com moral, mas com a mesma simplicidade. Vou encontrar eles logo logo. O Arana me marca, eu encontrei contra ele, me marcou, palhaço, fala besteira, fez gracinha dentro do campo. É um grande amigo. Gente boa, sem palavras", concluiu.