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Jô x Drogba, invencibilidade, meta, Giovanni, pré-temporada: Carille abre o jogo ao Meu Timão

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Por Rodrigo Vessoni e Vinícius Souza

Carille conversou com o Meu Timão na sexta-feira passada, véspera da vitória sobre o Sport

Carille conversou com o Meu Timão na sexta-feira passada, véspera da vitória sobre o Sport

Larissa Lima/Meu Timão

Ao ser efetivado como técnico do Corinthians, no dia 22 de dezembro de 2016, Fábio Carille passava de tapa-buraco a comandante de um clube em reconstrução, que sequer havia terminado o Campeonato Brasileiro entre os seis primeiros colocados. Poucos acreditavam que o ex-auxiliar pudesse dar conta de um desafio como aquele: fazer do Timão, ainda órfão de Tite, uma equipe competitiva, capaz de brigar ao menos para voltar à Copa Libertadores da América.

Tal meta ainda não foi concluída, é verdade, mas Carille dá amostras de que tende a obter êxito. Nesta entrevista exclusiva ao Meu Timão, o treinador, que viu sua equipe fechar o primeiro turno do Brasileirão 2017 sem derrota – de quebra, melhor marca em um turno na história dos pontos corridos – falou sobre o início cercado de desconfiança, da possibilidade de conquistar outros títulos além do Campeonato Paulista e da longa invencibilidade do Corinthians, composta por 34 partidas.

Carille também não fugiu de casos específicos, como a negociação pela ex-estrela do Chelsea Didier Drogba, as críticas da torcida destinadas ao meia Giovanni Augusto e a chance de a pré-temporada de 2018 ser realizada nos Estados Unidos, onde o Timão disputou a Florida Cup nos últimos três anos.

Entre outros assuntos, Carille também revelou sua principal meta no returno da Série A, que terá início no próximo dia 19, diante do Vitória, na Arena em Itaquera. Curioso pra saber? Então acompanhe abaixo!

Leia a entrevista de Fábio Carille ao Meu Timão na íntegra

Meu Timão: Você já disse que não imaginava um início como esse no Corinthians, que é surpreendente. Agora um pouco mais maduro no cargo, se permite imaginar conquistando mais coisas?

Fábio Carille: Esse é o trabalho. É legal quando o que a gente pensa, as nossas convicções, dão resultados. Estamos muito felizes com esse momento sim, muito gratificante e vamos em busca de mais coisas. Tem muita coisa pra acontecer ainda, mas a gente acredita que se continuar firme, concentrado, todos atentos a tudo o que pode acontecer, a gente vai brigar por esses títulos também.

Me lembro de uma entrevista que fizemos com você em janeiro, estava aquele falatório em cima da possível contratação do Drogba. Você disse assim: ‘Pô, eu tenho o Jô, o que esse cara está batendo na bola...’. Você se lembra disso? Por que tinha essa impressão já em janeiro de que alguma coisa de diferente o cara tinha?

Somando tudo. Pelo passado dele, um cara que chegou a disputar uma Copa do Mundo, que chegou ao Manchester City. A gente viu o empenho dele. A preocupação com o Drogba, um cara de 39 anos que já estava jogando na liga americana, com pouca intensidade, então eu tinha essa preocupação. É claro que não chegou para nós da comissão a decisão de o 'Drogba vem ou não?', era uma coisa totalmente da diretoria e marketing. Mas eu tinha a preocupação sim, muito se fala do Drogba com 32, 33 anos, que ganhou tudo com o Chelsea. Eu não sabia como esse atleta ia chegar. E o Jô mostrando a cada dia seu potencial, cara que mudou completamente de dois anos pra cá com a cabeça, com as atitudes, me ajudando não só nos trabalhos, nos treinos, nos jogos, mas também no dia a dia dentro do CT.

Nota da redação – O Corinthians, de fato, negociou a contratação da estrela marfinense em janeiro de 2017. Um representante do Timão chegou a se reunir com o atleta e seus representantes em Londres, na Inglaterra, mas não houve acerto. Após o clube anunciar o fim das tratativas, o centroavante agradeceu à agremiação e aos torcedores corinthianos via redes sociais.

Hoje ninguém mais fala em Drogba, só se fala no Jô. Isso te conforta? Pois era uma convicção que você tinha...

A questão da convicção era porque eu estava vendo o Jô aqui e o que ele estava produzindo nos trabalhos e nos primeiros jogos. O Drogba era uma interrogação, não sabia como esse cara ia chegar fisicamente, qual seria seu comportamento. É claro que nós da comissão técnica temos essa preocupação, cheguei a falar com vários jogadores, David Luiz foi um deles, que é muito amigo. Falou que era excelente pessoa, um jogador que é de força, que é de transpor na parte física, e com 39 anos você perde naturalmente. Minha convicção é porque eu já tinha o Jô aqui trabalhando e batalhando demais para melhorar a cada dia e ser diferente. Drogba era sempre uma interrogação por não conhecer a pessoa.

Artilheiro do Brasileirão, Jô foi aposta de Fábio Carille

Artilheiro do Brasileirão, Jô foi aposta de Fábio Carille

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

A invencibilidade do Corinthians traz uma carga extra de pressão sobre o time? E outra: acredita que quando a derrota vier – se vier – a equipe pode demorar a responder?

É um orgulho falar de números, um orgulho falar de invencibilidade, um grupo que foi tão desacreditado no começo, mas a gente aqui quietinho, trabalhando e buscando sempre o melhor. Aumenta a responsabilidade sim, por isso não trago para palestras, não falo com os jogadores sobre isso, e sim a responsabilidade de fazer bem o próximo jogo. Em relação à preocupação pelo dia em que a gente perder: não tem. Porque quando a gente foi criticado, o que fizemos? Trabalhamos. Estamos ganhando, o que estamos fazendo? No outro dia ir e trabalhar. Claro que vamos ficar tristes, é do ser humano, mas no outro dia acordar, ir pro campo e preparação para o próximo jogo. Como já aconteceu também, saímos (da Copa do Brasil) pro Inter de Porto Alegre nos pênaltis, todos muito chateados no vestiário, mas quinta-feira tem que ir pro campo trabalhar com coisas positivas na cabeça de todos, porque logo em seguida já teria outro jogo. Futebol não te dá tanto tempo para ficar lamentando e a gente tem que estar preparado para tudo, principalmente para fazer bem feito o próximo jogo.

O Corinthians completou a sequência de dez partidas do primeiro turno contra os times mais tradicionais – Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Grêmio, Cruzeiro e Atlético-MG. Só o Flamengo conseguiu parar sua equipe, um jogo marcado por erro da arbitragem. Entende que seu grande desafio é preparar o time para partidas contra equipes de menor porte?

Pode ter certeza de que quando vamos jogar com equipes com menor expressão, nós da comissão trabalhamos muito mais. Mobilizar todos eles, é a concentração, é a atenção... Vai jogar contra Palmeiras, Flamengo, contra equipes grandes, a concentração já é natural. Isso também é do ser humano. Então hoje, sim, está sendo um grande desafio nosso a gente entrar mais ligado nesses jogos, mais concentrado, para fazer melhor. Se vai ganhar nós não sabemos, mas para fazer melhor. Vejo que nós temos espaço para fazer melhor contra equipes de menor expressão.

Os próximos jogos, contra Vitória, Chapecoense e Atlético-GO, são nessa linha. Queria que você falasse em relação ao returno, porque será somado mais um fator a tudo isso que acontece: ansiedade. O que você espera desse segundo turno e desse ‘fator novo’?

Uma coisa que aprendi como atleta e aprendi muito também nesses oito anos que fiquei como auxiliar: quanto mais falar, mais carga traz. Fico batendo sempre no nome do próximo adversário. Quando chegar lá no meio do segundo turno – exemplo, que seja o Avaí: Avaí! Falar que é um jogo decisivo, não falar da possibilidade de título, não falar de invencibilidade, do que seja. Senão, quanto mais falar, mais carga traz. É assim que vou trabalhar até o fim, que vou seguir. A não ser que lá na frente na minha carreira eu mude por alguma questão, mas hoje é o que eu penso e o que faço no meu dia a dia. A preparação é sempre para o próximo jogo. Não sei ainda como lidar com isso, por isso estou dizendo que acho que será ‘preparação para a próxima decisão’, para o próximo jogo, como estamos fazendo desde o Campeonato Paulista.

A escalação do Giovanni Augusto contra o Atlético-MG surpreendeu a parte da torcida e nós, da imprensa, o desempenho dele havia sido muito abaixo diante do Flamengo. Como fazer um jogador como ele, contratado por um valor considerável (cerca de R$ 11 milhões), voltar a render pelo Corinthians? Já emendando, o que te faz acreditar que a situação dele é diferente em relação aos casos de Marlone e Guilherme?

Não sei valores, mas sei que Giovanni foi uma contratação que o Corinthians precisava na época, uma contratação boa. Jogou muito no início, jogou demais, pode buscar! Estreia contra o São Paulo, teve uma sequência ali na época do Tite onde ele rendeu muito. Depois, por problemas pessoais, problemas particulares, caiu o rendimento, ele sabe disso. Esse ano ele voltou, começou a jogar, entrou bem contra o Inter, teve uma lesão de tornozelo nesse jogo e precisou operar, parou outra vez. O que é diferente? Marlone recebeu uma proposta e quis sair, não quis brigar. O Guilherme recebeu uma proposta e não quis esperar, quis sair. Todos jogadores com muito potencial, e o Giovanni tem potencial. Estão pegando um pouco no pé dele fora do normal, foi bem contra o Fluminense, contra o Atlético-MG fez um bom jogo. Contra o Flamengo não foi bem, mas essa situação de oscilar é do ser humano. O que a gente projetou para ele desses dois jogos, de Fluminense e Atlético-MG, ele rendeu o que a gente esperava.

NR – Contratados em 2016, Marlone e Guilherme foram emprestados pelo Corinthians no início da temporada. O primeiro foi cedido ao Atlético-MG, enquanto o segundo, ao Atlético-PR.

O clube divulgou um vídeo após o jogo no Mineirão em que o Cássio parabeniza a postura de Giovanni diante de tantas críticas. Não só o Giovanni, mas nomes como Kazim e Fellipe Bastos também são contestados por parte da torcida. Como técnico, você toma algum tipo de cuidado pra não deixar esses comentários afetarem o elenco?

Mas aí é outra situação que eu não concordo. Fellipe Bastos é hoje reserva dos dois melhores volantes do futebol brasileiro. Não é que não está jogando por não estar bem, não está jogando porque quem está jogando está indo bem e não está dando espaço. Com o Kazim a mesma coisa, é o Jô, o artilheiro do Campeonato Brasileiro, um dos destaques do Paulista, que não está dando espaço. Eles não estão tendo mais oportunidades não é porque estão bem ou mal, é porque quem está jogando está dando resultado. É diferente a colocação. O Giovanni, esse sim está tendo mais oportunidades, mas falar de Fellipe, falar de Kazim... Falar de Léo Santos, um garoto com muito potencial, falar de Paulo Roberto, que nas poucas vezes em que jogou foi bem, é um pouco difícil. Os titulares hoje não estão dando espaço. Gabriel e Maycon não estão dando espaço e por isso eles não estão tendo oportunidade.

Bancado por Carille, Giovanni chegou a recusar transferência ao Internacional

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Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians

Os outros treinadores e jogadores estão sendo criticados mesmo com pontuações bem razoáveis. Como você recebe esse tipo de análise sabendo que o Corinthians é protagonista tanto de uma confusão extra que está sobrando pros outros como está puxando muita gente para cima?

Na verdade esse ano está um pouquinho fora da curva por tudo isso que aconteceu. São 18 jogos, com 13 vitórias e cinco empates, 44 pontos faltando uma rodada ainda. Faz aqueles que querem pensar em título ainda terem que correr atrás. Lá no começo, claro, eu como técnico começo a fazer as contas, imaginava que hoje estaria com 32, 34 pontos, para depois, faltando oito, dez rodadas, a gente realmente saber quem vai brigar por esse título. Continuo com essa ideia, mas não imaginava estar com 44 pontos. É um orgulho para nós tudo isso que está acontecendo, sabemos que temos que confirmar isso, continuar bem pra conseguir coisas grandes. Traz preocupação para os outros, claro, e a gente sabe o quanto é ruim trabalhar sob pressão. Estamos vendo outros profissionais serem pressionados nesse momento dentro de uma média boa de pontos. Nós que saímos um pouquinho da realidade na verdade, saímos do número da pontuação, mas tem excelentes equipes que vêm atrás ainda querendo encostar de qualquer jeito.

Aquela sua conta de 72, 73 pontos, você ainda mantém? Até disse: ‘Pode ser que eu mude depois’.

Isso já tem algumas rodadas. Com certeza vai ser mais, mas só faltando dez rodadas, oito rodadas, que a gente vai ser o número que tem que bater para dar título. Eu achava que o campeonato ia ser um pouquinho mais enroscado, mais disputado, digamos assim, e agora com nossa pontuação, o Grêmio podendo chegar a 39 no turno, com certeza terá que ser mais para dar campeão.

NR – Em entrevista após o empate por 2 a 2 com o Atlético-PR, Carille afirmou que o Timão necessitaria de 72 pontos – ou dobrar sua marca – para conquistar o heptacampeonato ao fim do torneio.

Muito se fala que a diretoria não pretende liberar ninguém antes do fim da temporada, que eventuais saídas só ocorrerão em 2018. Mas tem campeonatos no ano que vem e, possivelmente, uma Libertadores no caminho. Passa pela sua cabeça a possibilidade de perder parte do elenco às vésperas de um início de Libertadores?

Sim, passa. Temos que estar atentos a tudo isso, por isso nosso centro de inteligência já tem um banco de dados de atletas que, se acaso perder, repor o quanto antes para que a gente não perca tempo. Equipes que se destacam, equipes que vão bem, independente do que vai acontecer, se vai ter título ou não no final do ano, vai ser um ano bom, chama atenção de outros clubes sim e a gente tem que estar atento. A preocupação de agora é menor e a diretoria está trabalhando muito para que não saia ninguém, e estou acompanhado. Isso não quer dizer que vai sair, mas estamos trabalhando para que não saia ninguém agora. Minha preocupação nesse momento, nessa janela até agora, é bem menor, mas é claro que no final do ano a gente começa a se preocupar sim.

Como está sendo conviver com todos esses meninos? Aparentemente são meninos de cabeça boa, mas tem aquela coisa de ser garoto. Como administrar esse ‘furacão’?

Também está sendo surpreendente para mim, não estou tendo trabalho nenhum. Sei que os jogadores mais experientes ajudam no dia a dia, questão de uma conversa, vejo no avião os caras próximos, no aeroporto conversando... O menino vivendo também aquele lado das pessoas que já viajaram, casos de Jadson, Jô e Fagner, que já moraram fora do país. Está muito tranquilo, ainda não precisei falar com nenhum desses garotos a respeito de ter os pés no chão, de continuar trabalhando sério, de humildade. Por enquanto, nenhum problema em reação a isso.

Revelado no clube, Arana é titular absoluto da equipe de Carille

Revelado no clube, Arana é titular absoluto da equipe de Carille

Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Qual sua posição em relação à pré-temporada de 2018? Acha mais proveitoso que o elenco realize esse período tão importante do ano aqui no Brasil a ir aos Estados Unidos?

A respeito de pré-temporada, independente de ir pra lá ou não, que você tenha bons jogos nesse período. O que está sendo importante nos Estados Unidos? Os confrontos. Antigamente as equipes tinham a ideia de que na pré-temporada tinham que pegar equipes fracas, menores, até de outras divisões. Aí ganhava de seis, sete, não tinha dificuldade nenhuma e você não conseguia ajustar sua equipe para o início da competição. Lá nos Estados Unidos pegamos Atlético-MG, Bayer (Leverkusen-ALE), Shakhtar (Donetsk-UCR), Colônia (ALE), equipes da Alemanha que estavam no meio de uma competição e onde você já foi para um confronto de jogo que acelera o processo de erros da sua equipe. Isso foi importante. Sei que o Corinthians tem um contrato aí de cinco anos se não em engano – foram três – mas ali na frente vai ser importante. Mesmo que não vá pra lá, que faça torneios dentro de seu país contra equipes de primeira divisão sem se preocupar com resultado, é uma pré-temporada, sem se preocupar tanto com o desempenho e sim com a preparação para o início de campeonato. Esse ano pegamos Vasco, com dez dias a mais de preparação que a gente, e um clássico logo de cara contra o São Paulo. Isso nos ajudou bastante a fortalecer esse grupo, foi de uma importância muito grande.

O Tite tem na cabeça dele que aquele jogo do Bayer em 2015 (vitória por 2 a 1) foi fundamental para montar aquele time que jogaria tão bem no restante do ano...

Ali foi uma coisa que aconteceu. Foi o primeiro ano da nossa ida para lá, onde nos deixou muito chateados, mas muito chateados mesmo com a imprensa depois da partida contra o Colônia. O Colônia estava no meio de uma temporada, tinha jogado um turno inteiro, e nós, com poucos dias de preparação, perdemos de 1 a 0. Claro, com a nossa experiência, vendo da beira do campo que estava faltando mesmo competição, uma coisa normal, e se falou demais aqui no Brasil a respeito daquela partida. A gente chegou: ‘Mas é pré-temporada ou é competição?’. A gente muito atrasado em relação à preparação, as equipes da Alemanha tiveram cinco, seis dias de folga pro fim do ano e já voltaram, e a gente via que estávamos muito atrasados. Na nossa avaliação foi muito bom por tudo, poucos dias de treino... Fomos pro segundo jogo, onde se desenhou o famoso 4-1-4-1 daquele ano, equipe se ajustou dentro de campo de um jeito e ali não tivemos mais que colocar a mão em relação ao jeito de jogar. Se definiu naquele jogo.

Tite e seus auxiliares durante a vitória sobre o Bayern Leverkusen

Tite e seus auxiliares durante a vitória sobre o Bayer Leverkusen

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Corinthians tem 49 jogos no ano e só duas derrotas, ambas na primeira fase do Paulista. Suponhamos que você tivesse que enfrentar esse mesmo Corinthians, como você montaria seu time? Claro que você não vai revelar suas estratégias, mas sua equipe teria a posse da bola? Apostaria nos contra-ataques?

É (risos). Os outros técnicos podem ver essa matéria também? (risos). É claro que me coloco na cabeça dos outros técnicos, é um trabalho que faz parte do nosso dia a dia. Nenhum sistema é certeiro, vai te dar garantias, é imbatível. Não é. Claro que você tem suas deficiências. Eu sei quais são as minhas, têm clubes, não sei se querendo mesmo isso ou se foi um acaso do jogo, já bateram um pouco nisso. Gostaria até de evitar (risos), não vou falar a respeito disso, mas é claro que se fosse enfrentar o Corinthians hoje eu sei o que ia tentar para ganhar.

Se você pudesse voltar no tempo e passar um conselho, uma mensagem ao Carille naquele 22 de dezembro de 2016, qual seria?

Acho que só fortalecer aquilo que falei da questão de que seria uma equipe muito organizada, de jogadores de muita entrega, o que está acontecendo dentro de uma organização. Uma equipe bem compacta – até esses dias recebi o vídeo dessa apresentação. Acho que o que eu falaria pro Carille nesse momento é pra continuar assim, com suas convicções, trabalhando bastante, respeitando os adversários, para que a gente continue firme nessa competição.

Ex-auxiliar, Carille foi promovido a técnico do Corinthians em dezembro

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Meu Timão/Marco Bello

Veja mais em: Fábio Carille.

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