A favela não está aqui
Opinião de Lucas Faraldo
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Nessa terça-feira, o site oficial da Arena Corinthians divulgou o resultado de uma pesquisa de perfil de torcedores que frequentam o estádio. E a conclusão é a seguinte: o corinthiano maloqueiro sofredor não é o corinthiano que marca presença nas arquibancadas em Itaquera.
A lógica é simples: a renda mensal e a escolaridade médias daqueles que frequentam a Arena são bem maiores que as da torcida do Corinthians como um todo.
Pesquisa Datafolha de 2011 estimou que 68% da torcida do Corinthians recebem até cinco salários mínimos (o que hoje corresponde a R$ 4.682). O mesmo estudo apontou apenas 19% dos corinthianos com ensino superior completo.
Pesquisa Armatore, Market + Science, divulgada nessa terça, alegou que só 6,3% dos frequentadores da Arena informaram ganhar até R$ 1.760. Na contramão, outros 35,8% têm renda superior a R$ 8.800. Quanto à escolaridade, quase 70% terminaram o ensino superior.
Os perfis das duas pesquisas não batem. Ora, ambas não retratam a torcida do Corinthians? Não. Uma retrata a torcida do Corinthians. Outra, uma parcela específica de corinthianos que consegue acesso à Arena.
A Arena Corinthians não é frequentada pelo perfil médio do torcedor corinthiano. E isso é suficiente para classificá-la como elitizada. Doa a quem doer. Satisfaça a quem satisfizer.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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