Corinthians mantém cobrança milionária contra ex-patrocinador; calote chega a cinco anos
70 mil visualizações 106 comentários Reportar erro
Por Rodrigo Vessoni
A conquista do bicampeonato mundial interclubes, contra o Chelsea (ING), completa cinco anos neste sábado. Esse é o mesmo período que o clube luta na Justiça para receber a dívida milionária do patrocinador que se aventurou a estampar sua marca na camisa oficial às vésperas da viagem para o Japão.
A ação na esfera cível contra a Apito Promocional está na casa dos R$ 3 milhões, incluindo os juros. A empresa, por meio de seus advogados, alega que os responsáveis pelo acordo não têm dinheiro para quitar o débito nem patrimônio para gerar a receita necessária. O clube não se dá por vencido e segue com seus advogados ativos no caso.
Pelo acordo firmado em agosto de 2012, a empresa pagaria R$ 1,6 milhão pelo patrocínio de sete partidas no Campeonato Brasileiro. Após receber cerca de R$ 400 mil, a empresa parou de pagar e o presidente Mário Gobbi Filho ordenou a retirada da logomarca após o quinto jogo.
O objetivo da Apito Promocional, que se auto-intitulava na época como especializada em marketing de incentivo, era o de vender cupons para o sorteio de 130 viagens para o Japão, além de 12 carros e 12 motos. Uma série de produtos junto com os cupons era comercializada. Um boné e mais 20 cupons, por exemplo, custavam R$ 69. Já uma camiseta mais 40 cupons custavam R$ 119, e assim por diante.
A empresa alega na Justiça que gastou todo o dinheiro na produção de um milhão de cartelas promocionais, diz que a campanha não deslanchou e que, diante disso, ficou impossibilitada de efetuar o pagamento integral do valor acertado no contrato de patrocínio.
Na primeira audiência de conciliação, em outubro de 2014, a Apito Promocional informou que não teria condições de pagar os R$ 1.295.416,26 que devia ao clube, oferecendo o pagamento de R$ 50 mil, em dez parcelas de R$ 5 mil.
Em julho de 2015, o juiz José Gomes Jardim Neto deu decisão favorável ao Corinthians na ação movida na 19ª Vara do Foro Central Cível. Desde então, a dívida cresce. E a busca do Corinthians pelo Corinthians pelo dinheiro continua...