O que o meia Phillipe Coutinho e o lateral Moisés tem a ver com a venda de Jô para o Japão
Opinião de Marco Bello
94 mil visualizações 108 comentários Comunicar erro
O mundo do futebol tem coisas que só a mais crente das almas pode entender. Nos bastidores da bola, acontecem situações às vezes de difícil explicação. Uma delas ocorreu na última semana, na Europa, e acabou respingando no Corinthians.
O empresário Giuliano Bertolucci reuniu alguns agentes em Barcelona para tratar do futuro de seu jogador mais valorizado na última temporada, o brasileiro Phillipe Coutinho. Atleta do Liverpool, o meia foi destaque na temporada da Premier League e tem oferta milionária para se transferir ao clube da Catalunha.
Durante a reunião, o telefone de um dos agentes presentes tocou. Era um empresário brasileiro que trabalha no staff, querendo saber do futuro de Moisés. O lateral-esquerdo que tem contrato com o Corinthians foi muito mal em 2017 e deve ser envolvido em alguma negociação.
Os homens de terno na Europa então pediram que se convencesse Moisés a voltar a atuar pelo Bahia no ano que vem. Seria bom para a carreira do lateral de 22 anos, seria bom para o Bahia, e principalmente bom para o Corinthians, interessado no futebol de outro jovem lateral, Juninho Capixaba.
Pois bem, Moisés foi convencido, e a conversa se estendeu um pouco.
Giuliano Bertolucci também é representante do atacante Jô.
Destaque do Timão no último Campeonato Brasileiro, o jogador tinha ofertas do futebol da Alemanha e da Itália, mas nada que mexesse com sua cabeça. Até então, Jô ficaria no Corinthians para o ano que vem. A não ser que uma oferta tentadora aparecesse. Algo de extraordinário.
Foi então que surgiu a lembrança de um clube que está voltando à primeira divisão do futebol japonês, e disposto a investir alto nesta janela. Os dirigentes do Nagoya Grampus receberam a sugestão da compra de Jô. Sugestão que agradaria muito a todas as partes envolvidas.
A linha foi jogada. E o peixe foi fisgado. O Nagoya aceitou a oferta. Fez a proposta de mais de R$40 milhões de reais.
Bom para os empresários, bom para o Corinthians, que utilizará o dinheiro para pagar contas e ainda contratar reposições.
Um empresário. Uma reunião. Três jogadores que aparentemente não tem ligação alguma. Mas que no mundo do futebol, com suas variadas peças de dominó, tiveram cruzados os seus destinos.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts do Marco Bello
- Por que o Corinthians deve perder Jemerson para o Atlético Mineiro
- Jonathan Cafu: o outro lado da moeda
- Corinthians pode ter até 21 atletas da base utilizados no Campeonato Paulista; veja quais
- Corinthians destemido é melhor que time medroso
- Atacante do Athletico pode ser o primeiro reforço do Corinthians em 2021
- O Corinthians tem um campeonato à parte pela frente