Por que Corinthians vetou árbitro de vídeo no Brasileirão? Andrés responde
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Por Vinícius Souza
O Campeonato Brasileiro nem mesmo começou e já há uma primeira polêmica: o veto dos clubes da Série A ao árbitro de vídeo – em inglês, video assistant referee (VAR). 12 equipes, entre elas o Corinthians, votaram contra a implementação da tecnologia no Brasileirão-2018 durante o Conselho Técnico da Série A, promovido pela CBF nessa segunda-feira, no Rio de Janeiro.
Presidente do Corinthians, Andrés Sanchez participou do encontro e, consequentemente, foi o responsável por dar o parecer do atual campeão brasileiro. Segundo ele, o orçamento de R$ 20 milhões para que todas as 380 partidas da competição dispusessem da tecnologia não foi o principal obstáculo, mas a falta de padrão apresentada pela entidade.
“O Corinthians não votou contra pelo valor, mas porque não há padrões de como seria o VAR, todo lugar está em teste, começaram aqui na Copa do Brasil. Vamos aguardar para quando houver um padrão, para não virar dois jogos dentro de um só. Eles mesmos não têm um padrão”, disse Andrés Sanchez, que prometeu, em sua primeira coletiva de imprensa, postura “atrevida” e concentrar esforços pela contratação de um camisa 9.
A polêmica em torno da utilização ou não do árbitro de vídeo ganhou força ao longo da segunda-feira. Embora organizadora do Brasileirão, a CBF informou que gostaria que os clubes arcassem com as despesas – algo próximo de R$ 1 milhão.
Perguntado novamente sobre se a questão financeira não teria sido preponderante para o veto corinthiano, Sanchez pediu critério à CBF.
“Todo mundo vai reclamar de erro no Brasil, tem jogo que tinha vídeo e teve reclamação. Tem lance que metade fala que foi e metade que não foi. Vai ser igual. O erro grotesco seria evitado. Mas vamos preparar esse ano, esperar a coisa se afirmar e quando tiver as regras claras, no ano que vem, colocar em prática”, finalizou.
Em 2017, após erro de arbitragem a favor do Timão, a entidade chegou a prometer o VAR para a rodada seguinte do torneio nacional, o que não ocorreu.
Como votaram os times da Série A
- Favoráveis à tecnologia: Flamengo, Botafogo, Bahia, Chapecoense, Palmeiras, Grêmio e Internacional
- Contrários: Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará
- Abstenção: São Paulo
Afinal, como funciona o árbitro de vídeo?
Passo 1
O árbitro principal (campo) faz a marcação que acredita ser a correta, mas informa ao árbitro de vídeo que deseja conferir as imagens de um determinado lance ou o árbitro de vídeo indica ao árbitro principal que a marcação deveria ser conferida.
Passo 2
O árbitro de vídeo assiste ao replay e relata o que viu ao árbitro principal, que tem sempre a palavra final. Ainda haverá a definição quanto à captação das imagens. Podem ser as geradas pela TV detentora dos direitos de transmissão da competição ou por uma estrutura da própria entidade organizadora.
Passo 3
Árbitro do campo aceita a informação do árbitro de vídeo, que está em uma cabine do estádio, para revisar ou confirmar a marcação. Outra alternativa é o árbitro assistir às imagens ao lado do assistente do árbitro de vídeo (ou quarto árbitro), na lateral do campo, e tomar a sua decisão.
Fonte: Site oficial da CBF