Andrés Sanchez, uma espécie de Meu Malvado Favorito?
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Amigos e amigas fieis:
Conforme descrevo na apresentação da minha coluna, não sou ligado a nenhuma corrente política do clube.
Dito isso, comento a eleição de Andrés Sanchez.
Quando penso nele, um pêndulo se forma na minha cabeça. Por vezes, o vejo como um bem; por vezes, como o vejo como um mal para o Timão.
Lembro que Sanchez disse, ainda como diretor de futebol, após o rebaixamento do time, que os rivais deveriam aproveitar para tirar sarro naquele momento, pois dali em diante não teriam mais motivos. E ele cumpriu. Na era “Renovação e Transparência”, ganhamos tudo.
O principal motivo de gozação, o de não termos Libertadores, acabou. Sim, foi com Gobbi na presidência, mas a semente foi plantada com Andrés.
Por outro lado, lembro que Andrés não se importa muito em cumprir promessas e não se aperta em fazer o orçamento da Arena saltar de 400 milhões de reais para 1 Bilhão e tralalá, por conta da Fifa, da Copa do Mundo. Não dá. As exigências da Copa não podem fazer um estádio triplicar de preço (o que o torna quase impagável).
O pêndulo volta a favor de Andrés quando lembro que o SPFC triplicou o valor do aluguel do obsoleto Morumbi, quando o Corinthians precisou jogar lá, em 2008. Para piorar, no primeiro clássico daquele ano, criaram o muro da vergonha para confinar a Fiel a um reduzido espaço. Resposta de Andrés à segunda treta: não jogar mais no Morumbi. Com isso, o São Paulo deixou de auferir alugueis e de alugar camarotes nos jogos do Corinthians e teve prejuízo como saldo de sua ancestral arrogância. Resposta de Andrés à primeira treta: construir nosso estádio, local onde somos quase imbatíveis.
Mas daí recordo dos problemas na base do Timão, nas polpudas comissões de empresários (que ele acha normal), no leonino contrato com a desconhecida Omni, na péssima gestão da empresa de produtos licenciados do Corinthians, e ele volta a ser vilão.
Daí lembro o que éramos antes dele e o que somos depois.
Lembro do CT com vestiário de container e vejo que é hoje.
Lembro da filosofia de jogo vencedora de Mano, Tite e Carille.
Lembro que, dentro de campo, somos invejados e temidos.
Lembro das “enquadradas” que ele dá em alguns colegas da mídia anticorinthianos.
Espero que ele faça um excelente mandato, corrija os erros anteriores e tenha ousadia que faltou ao antecessor.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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