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Crítico de cinema faltou a show dos Ramones pelo Corinthians. E ganhou 'filme' digno de Oscar

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Marcelo, Theo e Liz, todos corinthianos

Marcelo, Theo e Liz, todos corinthianos

Arquivo pessoal

Poucas coisas no mundo fariam você perder o show de sua banda favorita, certo? Mas há quem tenha jogado para o alto a chance de estar perto de seu ídolo musical para ver o Corinthians em ação – ainda que, como você entenderá mais abaixo, isso não seja lá bem verdade...

Apaixonado pelo Corinthians desde a adolescência, Marcelo Forlani trabalhava na Rádio 89 FM, na capital paulista, quando viveu sua melhor experiência relacionada ao clube do coração (e rock'n'roll, é bem verdade). Na noite de 13 de março de 1996, trocou o último dos cinco shows da banda norte-americana Ramones em São Paulo pelo jogo do Timão contra o Botafogo-RJ no Pacaembu, pela fase de grupos da Copa Libertadores da América.

“Fui a quatro shows deles. Só não fui no quinto porque era dia de Corinthians!”, narra Forlani, hoje diretor de soluções criativas do portal Omelete, ao Meu Timão.

Depois de ver o Corinthians vencer os botafoguenses com autoridade pelo placar de 3 a 0, com gols de Leonardo, Edmundo e Marcelinho (em cobrança de falta), Marcelo não tinha sequer noção do que estava por vir. Ao deixar o Pacaembu, correu para o estúdio da emissora, então localizado na Praça Oswaldo Cruz, pois Joey Ramone, vocalista dos Ramones, estaria por lá.

Já extasiado pelo concerto de gala do Corinthians, Forlani não só conheceu o ídolo do grupo de punk rock como conversou com o astro musical.

“Não lembro de tudo o que falamos, mas de uma coisa não esqueço. Perguntei pro Joey como tinha sido gravar Spiderman. Ele falou que a ideia tinha sido do CJ Ramone (o último baixista da banda), que curtia HQs, mas todos gostaram muito da ideia e se divertiram fazendo a homenagem”, relatou Marcelo Forlani em coluna publicada no Omelete em 17 de abril de 2001, dois dias após a morte de Joey, vítima de um linfoma.

A história acima retrata uma pequena parte da relação de Marcelo, hoje crítico de cinema de um dos maiores portais de entretenimento e cultura nerd do país, com o Corinthians. A convite do Meu Timão, ele topou o desafio de descrever, de forma resumida, como seria um filme produzido por ele. Única exigência? Que o longa imaginário estivesse diretamente relacionado à sua principal lembrança envolvendo o Timão.

Corinthians & Ramones, por Marcelo Forlani

Acho que o jogo mais importante foi a final da Libertadores de 2012. Foi emocionante para todos os corinthianos.

Mas um dia que nunca vou esquecer foi o Corinthians 3 x 0 Botafogo-RJ, na Libertadores de 1996. Naqueles dias, os Ramones estavam no Brasil. Fizeram cinco shows em São Paulo: um em Mogi das Cruzes, um em Santo André e três em São Paulo. Fui a quatro deles. Só não fui no quinto porque era dia de Corinthians! Jogaço de Marcelinho (com febre), Edmundo e Souza.

Quando acabou o jogo, corri para a 89 FM, onde trabalhava na época, e pude acompanhar Joey Ramone escolhendo algumas de suas músicas favoritas ao vivo depois do show.

Joey ao lado de Marcelo no estúdio da 89 FM

Joey ao lado de Marcelo no estúdio da 89 FM

Arquivo pessoal

Acompanhe outros trechos do bate-papo com o cofundador do Omelete

De início, pergunto: como e quando você se tornou corinthiano?

Quando era bem pequeno, gostava de futebol, indiferente do time. Tenho fotos com camisetas do Corinthians, Atlético-MG, Coritiba, Londrina. Palmeiras e São Paulo, não! Aos sete, com pai santista, fui a um jogo (Santos 1 x 0 Vasco) com ele e adotei o time. Mas com doze, 13 anos, comecei a me interessar de verdade por futebol, e com vários amigos corinthianos ao meu redor, descobri o que era torcer de verdade para um time.

Como é ser crítico de cinema e, ao mesmo tempo, torcedor de um clube de futebol? Você consegue separar bem as coisas?

Em princípio, são coisas bem distintas. Como crítico de cinema, procuro nos filmes elementos que me agradam, seja a história, as atuações ou algo técnico. Com o Corinthians é diferente. É mais passional e menos racional.

Imagino que boa parte do seu público encare como diversão aquilo que é trabalho para você. Qual a parte do seu trabalho no Omelete de que você mais gosta? E a pior?

Gosto de criar conteúdo, seja em texto, vídeo, áudio ou qualquer outra mídia. Ver os filmes é divertido na maior parte do tempo, mas tem gente que esquece que tem também muito filme ruim por aí, assim como livros ruins, jogos ruins, etc. E ao contrário das pessoas que podem deixar de ver, ler, jogar, nós temos que ir até o fim para poder criticar.

Nota da redação: o Omelete também possui canal no YouTube, o Omeleteve, que está próximo de bater a marca de 1,9 milhão de inscritos.

Qual sua relação com o Corinthians hoje? Costuma ir aos jogos ou prefere acompanhar de longe?

Já fui mais frequentador de estádios. Morei perto do Hospital das Clínicas, então ia a pé para o Pacaembu. Na época em que estava na faculdade, eram dois jogos por mês. Agora vou a dois a quatro por ano. Mas sempre acompanho os jogos, seja na TV, rádio, internet ou como conseguir. E leio tudo o que sai também, antes e depois do jogo.

Já contextualizando, de qual forma você enxerga o trabalho do Carille? Entende ser possível uma temporada tão boa quanto foi 2017?

O time parece estar se reestruturando, voltando a encaixar um padrão. 2017 foi um ano muito bom em termos de títulos, mas vale lembrar que sofremos bastante no segundo turno. O que o time mostrou de muito positivo foi uma concentração excepcional em jogos-chave. Se conseguir isso também na Libertadores este ano, podemos fazer uma boa campanha. Difícil falar em título tão cedo, pois a saída do deixou um buraco enorme na frente. Uma coisa que eu gostaria de ver mais neste time, principalmente no Paulista, é a molecada que veio da base ganhando quilometragem. Carille me parece ser um cara bastante justo e honesto, coisas que parecem ser bastante raras no futebol.

Acompanhando suas redes sociais, é possível notar que você transmite seu carinho pelo Corinthians também pros seus filhos. Qual o valor disso pra você?

Não foi nada forçado, não via como algo inquestionável ter os filhos corinthianos. Mas assim como aconteceu com meu irmão, que também é corinthiano, acredito que a paixão com que acompanho o time influencie um pouco. Vi uma pesquisa uma vez que apontava o corinthianismo como a paixão clubística mais hereditária do país. Normal, né? (risos).

NR: Forlani é pai dos pequenos Theo e Liz, que parecem já ter adotado o Corinthians como time do coração.

Primeira vez da Liz na #saudosamaloca #vaicorinthians

Uma publicação compartilhada por Marcelo Forlani (@forlani) em

Veja mais em: Torcida do Corinthians e Especiais do Meu Timão.

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