O que está errado no Corinthians
Opinião de Marco Bello
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Já dizia o poeta, futebol é resultado.
Se o time ganha, está tudo certo. Se perde, tudo errado.
Assim sendo, caso o Corinthians passe pelo Bragantino na quinta-feira, tudo que tiver acontecido do início do ano para cá terá sido perfeito. Até a próxima rodada.
Mas me cabe no papel de jornalista averiguar, debater e opinar sobre o que está errado até agora.
Vamos começar pelo início, outra frase do poeta. O time para 2018 foi montado pela antiga diretoria.
Jogadores como Renê Júnior e Júnior Dutra foram contratados ainda na gestão Roberto de Andrade.
Andrés, que venceu a eleição em fevereiro, pensa em contratar atletas em outro nível, com outro tipo de visão estratégica. Jogadores mais caros e com maior visibilidade no futebol brasileiro.
São dois tipos de visão completamente diferentes, que ajudaram (ou atrapalharam) a montar o elenco do Corinthians neste ano.
No meio de tudo isso, Fábio Carille ficou sem a peça principal no seu esquema de jogo. O atacante Jô foi vendido ainda no ano passado ao futebol japonês e até hoje o Corinthians não contratou um só atleta para repor a função.
O técnico não tem falado abertamente, mas tem deixado claro em suas respostas que não está contente com o fato.
Carille disse mais de uma vez que teve que adaptar o esquema aos jogadores que tem à disposição.
Na lateral-esquerda, Guilherme Arana foi vendido ainda no ano passado. Juninho Capixaba, que foi a maior contratação para este ano, no valor de R$ 6 milhões, não está sendo nem relacionada pelo técnico para compor o banco de reservas.
Sidcley, contratado às pressas por empréstimo até o final do ano é o titular, mas a diretoria foi atrás de Zeca, mais um lateral-esquerdo, que seria o terceiro reforço para esta temporada, na mesma posição.
Na lateral-direita, o técnico corinthiano tem que improvisar um volante, garoto, como titular em uma partida eliminatória do campeonato estadual.
Não está fácil para o treinador. Os ânimos já não são mais os mesmos. Na última entrevista coletiva o técnico do Timão chegou a bater boca com um repórter que fez uma pergunta que o desagradou.
É claro que uma possível classificação às semifinais do Paulistão pode aliviar o stress.
Volto ao começo da coluna. No futebol, o resultado muda tudo. Mas apenas até a próxima rodada.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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