Fábio Carille quer falar menos. Não com jogadores e demais integrantes da comissão técnica do Corinthians, mas com a imprensa. O técnico, que fugiu do script e não concedeu entrevista coletiva após a vitória nos pênaltis sobre o São Paulo, na noite dessa quarta-feira, na Arena, que rendeu ao Timão a classificação às finais do Paulistão, revelou o motivo de ter cedido a cadeira da sala de imprensa do estádio ao meia Rodriguinho.

De acordo com Carille, os treinadores que trabalham no futebol brasileiro têm o costume de conceder coletivas até quatro vezes por semana. A intenção dele é diminuir o número e, assim, se tornar menos repetitivo em suas declarações.

“Eu estou querendo diminuir minhas coletivas desde o ano passado. Eu acho que eu falo muito, quatro coletivas por semana. Estou querendo fazer duas. É claro que nos momentos ruins, de resultados negativos, eu tenho que ir e tenho que falar sim, mas no caso de ontem (quarta-feira), decidimos pelo Rodriguinho, que fez o gol”, explicou Carille.

“Eu acho muito em sete dias você falar quatro vezes, é uma opinião e se alguém me provar o contrário...”, acrescentou o treinador.

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Pela manhã, poucas horas depois de ver sua equipe eliminar o São Paulo e avançar à decisão do Estadual, Carille foi à sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), onde participou do conselho técnico inerente aos jogos finais. Por lá, atendeu à imprensa e explicou o “sumiço”.

“A gente busca informações que lá fora (no exterior) os técnicos falam uma vez por semana. Na maioria dos países, uma vez por semana, e aqui muitas vezes quatro. Acaba sendo desgastante e muitas vezes repetitivo demais, muitas vezes acaba sendo um desgaste que acho desnecessário”, reiterou o comandante alvinegro, que possui aval do presidente Andrés Sanchez.

“Já era uma ideia minha do ano passado e o Andrés também tem essa ideia. Então agora nós estamos vendo como encaixar isso para que eu fale menos mesmo”, concluiu.

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