Empresa de guindastes da Arena Corinthians se manifesta após condenação de dupla de engenheiros
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Por Meu Timão
Dois dias após ver dois engenheiros condenados pela Justiça de São Paulo, a Locar, empresa terceirizada de guindastes contratada pela Odebrecht para a construção da Arena Corinthians, se manifestou em relação ao acontecimento. Em nota oficial, reafirmou "seu compromisso prioritário com a segurança e com a contratação de profissionais de reconhecida experiência e capacitação técnica".
Na última terça-feira, Marcos de Almeida Horta Barbosa e Marcio Prado Wermelinger, ambos engenheiros que trabalhavam com a Odebrecht, foram condenados pelas mortes de Fabio Luiz Pereira, motorista, e Ronaldo Oliveira dos Santos, montador. Em novembro de 2013, os dois homens morreram atingidos pela queda de um guindaste da Locar.
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As penas aplicadas pelo Ministério Público de São Paulo, que antes implicavam um ano, seis meses e 20 dias de regime inicialmente aberto, foram revertidas para a prestação de serviços à comunidade de Itaquera e pagamento pecuniário de 80 salários mínimos para Barbosa e 50 salários mínimos para Wermelinger.
Motivo do acidente - Segundo apontado por laudo, a torre tem capacidade para levantar materiais com até 1.500 toneladas - a peça que caiu ocasionando as mortes e a destruição de parte da Arena pesava 420 toneladas. No entanto, a fabricante apontou que o solo teria de ser plano e contar com inclinação máxima de 0,3 graus.
Confira a nota da Locar na íntegra
No tocante ao lamentável acidente na Arena Corinthians, que vitimou dois trabalhadores, em 27 de novembro de 2013, a Locar Guindastes e Transportes Intermodais sempre teve absoluta certeza sobre a total inocência de seus dois colaboradores, agora confirmada na sentença proferida pela juíza Alice Galhano Pereira da Silva, da Vara Criminal e do Juizado Especial Criminal do Foro Regional de Itaquera.
A decisão da magistrada reforça, de um lado, a confiança que a Locar sempre teve na Justiça do Estado de São Paulo e, de outro, a convicção da empresa quanto à expertise de seus recursos humanos, treinamento e operação com equipamentos de alta performance, tecnologia e confiabilidade.
A sentença judicial também confirma a conclusão inquestionável de dois laudos expedidos por respeitadas instituições, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) e o Coppe (Instituto de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ambos concluíram, taxativamente, que a queda do guindaste deveu-se a problemas do terreno. O guindaste e todos os parâmetros de sua operação estavam corretos.
A Locar reafirma seu compromisso prioritário com a segurança e com a contratação de profissionais de reconhecida experiência e capacitação técnica, com a capacidade de operar a maior e mais moderna frota brasileira de guindastes, gruas, equipamentos para içamento em geral e de transportes especiais.
A empresa agradece a seus clientes, fornecedores e parceiros, que sempre mantiveram a confiança na expertise e conduta de seus colaboradores e estiveram a seu lado ao longo de todo esse processo judicial. Enfatiza, ainda, a postura da imprensa, cuja cobertura equilibrada e lúcida do episódio foi decisiva para que não se fizesse julgamento público precipitado e para que a conduta técnica dos colaboradores da Locar jamais fosse colocada em dúvida.
O trâmite e a conclusão desse processo evidenciam que o Brasil pode, sim, ter mais segurança jurídica e confiar nas suas instituições e organismos técnicos. Exemplos como este reciclam a confiança na capacidade do País de conquistar o desenvolvimento.