Falsa Polêmica do Pênalti é tática centenária dos Antis
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Amigos e amigas fiéis:
É incrível. Chega a dar asco.
Mas tudo segue o mesmo roteiro que começou a ser escrito há quase 108 anos.
Um clube que nasceu "do" e "para" o povo foi, é e sempre será “o errado”, “o que não tem razão” em qualquer polêmica.
Pior: até o que não seria polêmica, se transforma em, só para colocar o Corinthians em desvantagem.
Qual é o "frame", a mensagem principal, que se transmite sobre a final do Paulistão?
Que o Corinthians, mais uma vez jogou com alma e venceu diante de 40 mil inimigos? Não!
Que o Corinthians, com elenco mediano (é o que eles dizem. Discordo disso) venceu o mega time das Américas (eles dizem. Também discordo), em sua casa? Não!
O mantra é: Interferência externa! Interferência externa!
Repetem como papagaios treinados: "Interferência externa!"
O árbitro da partida deveria ser elogiado. O contrário daquele juizinho que expulsou Gabriel injustamente, ano passado, e não quis conferir se havia errado ao ver a horda de corinthianos reclamando, Marcelo Aparecido percebeu que havia algo errado.
Voltou atrás e reparou o que seria uma das maiores injustiças do futebol.
Mas o que a mídia anticorinthiana (anti sim, senhor!) faz?
Desvia o foco do que realmente importa (foi pênalti ou não?) e se ampara na tal interferência externa para dar eco ao presidente mimizento do rival.
Voltando ao início do meu artigo e ao início do Corinthians, volto a 1913.
Aquele time de operários, ora vejam, ousou desafiar os clubes da elite. Quis participar da “Divisão Principal” do futebol de São Paulo, a Liga Paulista de Futebol.
O São Paulo Athletic Club (nada a ver com o SPFC) desistiu de disputar o campeonato e havia sobrado uma vaga.
O Corinthians era um dos quatro pretendentes à vaga.
A Liga estabeleceu um quadrangular.
O Corinthians começaria sua saga contra o Minas Gerais.
Leiam o que escreveu o saudoso jornalista e historiador Lourenço Diaféria:
"Quando o time do Corinthians Paulista pisou o campo “pequeno e duro” da rua da Consolação, quando os onze rapazes com camisas novas apareceram sob o céu do Velódromo, onde estreavam e inauguravam um sonho que os adversários torciam para que fosse um pesadelo, as arquibancadas do estádio, construídas para acolher 5 mil pessoas, balançavam de emoção.
A torcida dividia-se em dois grupos: os corinthianos — e os “anticorinthianos”. Os “anticorinthianos” não torciam tanto pelo Minas Gerais Football Club. Torciam, sim, pela derrota do Corinthians, aquele atrevido, aquele ousado, aquele “bicão” com cheiro de povo, jeito de povo, coração de povo. Os primeiros carrapatos do “anticorinthianismo” estavam ali agarrados nas vigas das arquibancadas, aves pardas piando maus agouros para aquela “gentinha” alvinegra."
Viram? Os antis existem desde 1913!
Por isso a mídia sempre dá um jeito de lembrar de Dulcídio e Rui Rei em 77 e não menciona Aragão no Paulista de 84, do Santos (pênalti no Zenon ou no Brasileiro de 86, do SPFC (Pênalti escandaloso sobre João Paulo, do Guarani, na prorrogação). E quando lembram do Palmeiras de Luxa, só citam a maravilha daquele futebol e se esquecem do esquema Parmalat.
Os abutres chamam de “roubado” o campeonato de 2005, quando deveriam aplaudir a anulação de jogos manipulados.
Crucificaram Jô, quiseram crucificar Carille por ter sido sincero e educado quando o outro lado da polêmica, Aguirre é que deveria ser criticado.
Já escrevi demais, porém pouco. Há centenas de polêmicas envolvendo o Corinthians. E para os antis dos microfones, das arquibancadas, ele esteve errado em todas. E será sempre assim.
Talvez seja eficaz. Muitos idiotas compram a idéia criada pelo idiota-mor, do “Apito Amigo”.
Mas é feio. Como não podem nos derrotar, tentam desmerecer nossas conquistas.
E que venham novos mimimis porque nossa vocação ao triunfo é irresistível.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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