Loss deixa Corinthians com fraca evolução, sem respaldo do elenco e aproveitamento negativo
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Por Rodrigo Vessoni
Osmar Loss não é mais técnico do Corinthians. Engana-se, porém, quem pensa que o motivo para a queda foi o revés para o Ceará na noite desta quarta-feira, no Castelão. O fim da linha do ex-auxiliar se deu por outros três motivos.
O primeiro - e principal -, foi a falta de perspectiva de melhora da equipe. A pressão já era grande, mas tanto o presidente Andrés Sanchez quanto seus diretores (Duílio Monteiro Alves e Alessandro Nunes) seguiam firme com a convicção de que a troca de treinador nunca é a melhor solução.
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A espera se deu até o Colo-Colo. Apesar da eliminação, a postura e o bom futebol da equipe deram um gás a Osmar Loss no cargo. Se o Corinthians tivesse sido eliminado da Libertadores com um mau futebol diante dos chilenos, a tendência era de que a demissão fosse na semana passada.
A diretoria acreditou que os jogadores, depois do que mostraram diante do Colo-Colo, estivessem com o treinador para o que der e vier. Essa impressão do grupo sempre foi considerada fundamental para Andrés Sanchez, mais até do que os resultados.
O jogo fraco diante do Atlético-MG, mas com seis reservas e sem derrota, manteve o clima ameno para o treinador e a impressão de que os jogadores o bancavam no comando. Algo que o péssimo futebol diante do Ceará implodiu, voltando a acender a chama da torcida.
Cientes de que não haveria melhoras, perto de um Dérbi e da primeira decisão com o Flamengo na Copa do Brasil, optou-se pela saída de Osmar Loss, que terminou sua passagem na equipe principal com o segundo pior aproveitamento da década: 46,6%, atrás apenas de Oswaldo de Oliveira (37,03%).
Treinadores do Corinthians e seus percentuais de aproveitamento nesta década
Mano Menezes (2008-2010) - 64,5%
Adilson Baptista (2010) - 49,01%
Tite (2010-2013) - 59,1%
Mano Menezes (2014) - 60,3%
Tite (2015-2016) - 69,86%
Cristovão Borges (2016) - 48,14%
Fábio Carille, interino (2016) - 55,5%
Oswaldo de Oliveira (2016) - 37,03%
Fábio Carille (2017-18) - 62,5%
Osmar Loss (2018) - 46,61%