Postura defensiva do Corinthians diante do Flamengo é alvo de críticas de comentaristas esportivos
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Por Meu Timão
O Corinthians arrancou empate sem gols diante do Flamengo na noite da última quarta-feira, em partida válida pela ida das semifinais da Copa do Brasil. A postura reativa da equipe, com um ferrolho armado e sistema defensivo fortalecido, foi motivo de críticas dos comentaristas Casagrande e Petkovic, no programa Seleção SporTV, nesta quinta-feira.
"Eu estou sempre de preto, mas hoje tem um significado. Estou de luto pelo jogo de ontem, luto pelo Corinthians e luto pelo futebol brasileiro", condenou Walter Casagrande, que foi jogador do Timão nos anos 1980.
"Tá vendo a cor do meu paletó? É uma homenagem ao futebol de Flamengo e Corinthians", continuou Petkovic.
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Vale destacar os números da partida: o Flamengo teve 70% de posse e o Corinthians 30%; a equipe carioca finalizou 21 vezes na partida, enquanto o Timão apenas três.
Cléber Machado teve postura mais contida e, perguntado por Petkovic se Fagner e Romero, que atuaram pelo lado direito, não deveriam ter atacado mais, o narrador da TV Globo respondeu emendando que não havia nenhum jogador para auxiliar na criação por ali.
"Eu quero saber quem vai dar a bola para os dois (Fagner e Romero), quem vai colocá-los para correr?", indagou.
Em sequência, Cléber Machado concordou com a crítica dos demais comentaristas do programa em relação ao desempenho e postura do Corinthians, mas aproveitou para criticar o excesso de cruzamentos do Flamengo e a falta de ultrapassagens ofensivas do rival do Timão.
"Eu tô concordando com vocês completamente ao que foi o jogo em relação ao Corinthians. Quando a gente for falar do Flamengo, eu gostaria de discutir também o desempenho. Um time que joga do meio campo pra frente e cruza 782 bolas (na área). Eu não vi um cara do Flamengo fazer ultrapassagens e passagens", exclamou o narrador.
As críticas não pararam por aí. Casagrande entendeu que o Corinthians foi ao Maracanã não só para se defender, mas para renunciar a jogar futebol. E entendeu que o alto valor dos ingressos deveria ser compatível à qualidade do jogo, que, segundo o comentarista, vem sendo muito ruim, sobrando até para o futebol brasileiro em um contexto geral.
"Isso não é retranca, é renunciar a jogar futebol. O torcedor paga ingresso caro para ir a um estádio como o Maracanã. Se fosse teatro, cinema, o cara saia e pedia ingresso de volta. Você paga ingresso esperando um jogaço, aí chega e não tem nada, é levantar e ir embora, e eles (torcedores) não vão porque são duas torcidas apaixonadas", completou Casagrande.