Venha fazer parte da KTO
x

Corinthians tem noite ruim e sai atrás no primeiro jogo da final da Copa do Brasil

56 mil visualizações 936 comentários Reportar erro

Cássio esbraveja com defesa após cruzeirense aparecer livre de marcação

Cássio esbraveja com defesa após cruzeirense aparecer livre de marcação

Reprodução/TV Globo

Uma noite de futebol ruim e resultado idem. Nesta quarta-feira, no Mineirão, no primeiro duelo da final da Copa do Brasil, o Corinthians foi derrotado pelo Cruzeiro pelo placar de 1 a 0. O único gol foi marcado pelo meia Thiago Neves, nome do confronto em Belo Horizonte.

A equipe de Jair Ventura pouco incomodou a de Mano Menezes ofensivamente. A derrota mínima inclusive saiu barato, vide a defesa impressionante de Cássio em cabeceio de Henrique, no fim do primeiro tempo.

“Em casa a gente conversa!” – Os times voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, na Arena Corinthians, em Itaquera, às 21h45. Para ficar com o tetracampeonato, o Timão terá de vencer por dois gols de diferença no tempo normal. Qualquer vitória por um gol força a disputa de penalidades máximas. Não há gol qualificado no certame nacional.

Como jogamos – Jair Ventura teve o reforço de Fagner em Minas Gerais. Recém-recuperado de fibrose na coxa esquerda, o lateral-direito reassumiu a vaga que vinha sendo ocupada por Gabriel, improvisado. Já Douglas, considerado titular, cumpriu suspensão pelo acúmulo de três cartões amarelos e sequer foi opção no banco de reservas.

A escalação do Corinthians, no 4-2-4, tinha Cássio (capitão); Fagner, Léo Santos, Henrique e Danilo Avelar; Ralf e Gabriel; Romero, Jadson, Mateus Vital e Clayson.

Provável escalação do Corinthians contra o Cruzeiro

Meu Timão

Do outro lado, Mano Menezes mandou a campo um Cruzeiro com Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique (capitão), Ariel Cabral, Rafinha, Thiago Neves e Robinho; Barcos.

A final

O Corinthians começou o duelo em solo mineiro precavido, sem ceder espaços desnecessários à equipe mineira e explorando os contra-ataques pelos lados do campo quanto tinha posse da bola. O Cruzeiro, por sua vez, como esperado, tinha paciência para trocar passes na intermediária, mas pouca inspiração em termos criativos.

As principais chances dos donos da casa surgiam com Thiago Neves. Experiente, o meia tinha calma para colocar a bola no chão e finalizar ao gol de Cássio. No primeiro arremate, viu o camisa 12 defender de manchete; na segunda, de pé direito, acertou a trave corinthiana, empolgando os cruzeirenses presentes no Mineirão.

Ao menos nos primeiros 20 minutos, o Timão soube se portar como uma equipe visitante que decide o título da Copa do Brasil: sem a bola, corria de maneira agrupada e lutava para recuperar o mais rápido possível; com ela, ganhava terreno pelas beiradas, principalmente pela esquerda, com Danilo Avelar e Clayson fazendo dobradinha nas costas de Edilson.

Só que a teoria, caro leitor do Meu Timão, é diferente da prática, e o time de Jair Ventura seria vazado nos acréscimos do primeiro tempo. Thiago Neves lançou Egídio na esquerda, o lateral fintou Romero e levantou na área. O próprio meia que havia dado início à jogada subiu livre, atrás de Avelar, e cabeceou no chão, sem chances de defesa para Cássio. Festa da torcida mandante em Belo Horizonte.

O Corinthians de Jair desceu para o vestiário tendo finalizado apenas duas vezes, nenhuma em direção à meta de Fábio. Em outras palavras: a equipe alvinegra precisaria jogar mais na etapa final sem se expor ao Cruzeiro de Mano Menezes, perigoso nos contra-ataques em velocidade.

Cássio reclama de erro da marcação em gol de Thiago Neves

Cássio reclama de erro da marcação em gol de Thiago Neves

Reprodução/TV Globo

“O jogo está até controlado. O Cruzeiro chegou na maioria das vezes por erro nosso. Tem que rodar um pouco mais a bola quando tiver com ela”, limitou-se Fagner, à TV Globo, durante o intervalo.

O Corinthians voltou do vestiário com as mesmas onze peças. A esperança da Fiel era que a postura da equipe fosse diferente, mais ofensiva nos 45 minutos finais. No entanto, quem trocava passes no campo de ataque e se aproximava do gol era o Cruzeiro.

Diante disso, Jair promoveu sua primeira substituição, com 15 minutos. Sacou Clayson, um dos melhores corinthianos no jogo, para a entrada de Pedrinho, que havia sido decisivo na classificação à final, contra o Flamengo.

O futebol do Timão, no geral, era sofrível. Com Jadson e Vital apagadíssimos, o sistema ofensivo armado por Jair Ventura se fazia nulo diante de uma defesa composta por Dedé e Léo. Mano Menezes, inteligente, liberava seus laterais ao ataque justamente por conta da mediocridade corinthiana do meio para frente – os defensores ganhavam as disputas com Jadson sem maiores dificuldades.

Aos 29 minutos, em cobrança de falta, Dedé subiu livre e desviou de cabeça à esquerda da baliza de Cássio. A bola tirou tinta trave, para alívio dos poucos milhares de corinthianos que torciam pelo Timão no Mineirão.

Na reta final, Jair chamou Araos e Emerson Sheik, que entraram nas respectivas vagas de Mateus Vital e Jadson. O atacante, veterano, passava a ser o homem mais avançado do Corinthians, enquanto Araos e Pedrinho tinham a missão de articular uma jogada ou outra até o apito final.

A vitória por 1 a 0 não define o Cruzeiro como campeão da Copa do Brasil. Pelo contrário. Embora derrotado, o Timão conhece suas forças dentro de seus domínios e sabe ser competitivo nos momentos decisivos. Quem duvida dos comandados de Jair Ventura?

Aí não... – Acredite se quiser: deu tempo de Araos ser expulso. O meia chileno levou um cartão amarelo com 42 minutos do segundo tempo, levou outro aos 47 e acabou recebendo o vermelho do árbitro Anderson Daronco. O jovem sequer reclamou da decisão e deixou o gramado cabisbaixo.

Veja mais em: Crônica, Copa do Brasil, Jair Ventura, Fagner e Ángelo Araos.

Notas dadas aos personagens da partida

Titulares

Reservas

Treinador

Árbitro

Comente a notícia: