Felipe diz que ainda acompanha o Corinthians e recorda saída: 'As duas partes erraram'
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Por Meu Timão
Dois anos após ser um dos destaques do Corinthians na Série B, o goleiro Felipe deixou o clube de maneira polêmica. Na ocasião, o jogador se desentendeu com Andrés Sanchez, que era o presidente na época. Hoje, oito anos depois, Felipe ressaltou o carinho que ainda sente pelo Timão e assumiu sua culpa na história que resultou em sua saída do Parque São Jorge.
Atualmente no Kisvárda, da Hungria, o goleiro chegou ao clube em 2007, vindo do Bragantino. Não demorou a virar titular e, mesmo com boas atuações, fez parte do elenco que caiu para a Série B. No ano seguinte, se destacou na campanha do título e também do vice da Copa do Brasil. Antes de sair, ainda conquistou o Paulista e a Copa do Brasil, em 2009.
"Eu sempre acompanho o Corinthians, estou sempre vendo os jogos, e, querendo ou não, foi um clube que marcou a minha vida, foi onde eu apareci para o cenário nacional. Foram quase 200 jogos, então não tem como não falar do Corinthians. Eu deixei muitos amigos lá ainda, estou sempre vendo os jogos, comento as fotos quando o site do Corinthians posta...", ressaltou o goleiro, em entrevista ao portal UOL Esporte, publicada neste domingo.
"Foi um problema com uma pessoa, não foi problema com o clube, o clube é maior que qualquer um, então o meu problema foi direcionado a uma pessoa que até a gente se encontrou depois disso, várias vezes. Não voltamos a ser melhores amigos, mas quando a gente se encontrou nos falamos, sem problema", completou, falando sobre o desentendimento com Andrés Sanchez.
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Durante a parada da Copa do Mundo de 2010, Felipe e Andrés Sanchez discutiram publicamente após o atleta ser acusado de forçar uma saída para a Itália. Depois, acabou acertando sua saída para o Braga, de Portugal. Hoje, com 34 anos, o goleiro garante que a história foi superada.
"O problema não é perdoar um ao outro ou não, todo mundo errou, todo mundo teve a sua parcela, é normal o atleta sempre sair mais culpado, né? Mas depois de muito tempo a gente acabou se encontrando no Rio de Janeiro, no hotel onde o Flamengo estava, quando ele (Andrés Sanchez) estava na CBF, e a gente acabou sentando, tomando um café. Não tocamos no assunto porque era uma coisa que não interessava a ninguém mais. Então, na época, foram as duas partes que erraram, a minha e a diretoria, mas passou e o que ficam são as boas lembranças porque foram muito mais boas lembranças do que ruins", explicou.
Na entrevista, Felipe também relembrou o rebaixamento do Corinthians. O goleiro tinha acabado de chegar na equipe, e apesar de ter feito boas defesas, não conseguiu evitar o pior. Na análise de Felipe, a queda não aconteceu apenas por conta do que foi apresentado pelo time dentro de campo naquele Brasileirão.
"Em 2007, a gente tinha um time que não era o que representava o Corinthians. O Corinthians vivia um problema financeiro, tinha problemas extracampo com o presidente sendo preso (Alberto Dualib), era só notícia nas páginas policiais. E dentro de campo a gente sabia o que representava a história do Corinthians", explicou.
"Mesmo 2007 sendo um ano ruim para o clube, para mim foi quando todo mundo me conheceu, com vários jogos ali podendo ajudar, especialmente contra o Goiás no Serra Dourada. Se a gente perdesse ali praticamente já estaria rebaixado, e acabamos empatando e eu ainda peguei o pênalti do Paulo Baier, e a gente teve a chance de não ser rebaixado. Mas pensando em títulos, o meu ano foi em 2009, onde nós conseguimos ganhar a Copa do Brasil e o Paulista", completou.
Depois de sair do Corinthians, Felipe rodou no futebol. Passou por Portugal, voltou para o Brasil e jogou no Flamengo, Figueirense, Bragantino, Boavista e Uberlândia. Esse ano acertou a ida para a Hungria.