De um guardanapo à redenção: há dez anos, o Corinthians apresentava Ronaldo
Opinião de Jorge Freitas
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Um dos dias mais inesquecíveis para qualquer corintiano faz, hoje, dez anos.
Em 12 de dezembro de 2008, Andrés Sanchez, em seu primeiro mandato oficial do clube após período "tampão", surpreendia o mundo e apresentava Ronaldo Fenômeno para a torcida mais Fiel do planeta.
Embora anunciado no dia nove do mesmo mês, foi apenas três dias depois que a realidade deu as caras e a Fiel torcida lotou o Parque São Jorge para recepcionar um dos maiores atacantes da história do futebol.
Depois de três vezes melhor do mundo, campeão mundial com a Seleção em 2002 e graves cirurgias no joelho, Ronaldo chegava ao Corinthians para torná-lo um dos clubes mais conhecidos, importantes e bem-estruturados de todo o mundo.
A partir de um contrato assinado num guardanapo de papel, o eterno camisa 9 foi fundamental para a nossa década de ouro, que iniciou justamente com a conquista invicta do Paulistão e se mantém até hoje com um clube que se acostumou a levantar troféus anualmente.
Se Ronaldo vinha de mais uma grave cirurgia que quase o tirou de vez dos gramados, o Corinthians passava pelo pior momento de sua história e acabava de retornar à Série A. A redenção conjunta entre o craque mais persistente do mundo e o clube da torcida que nunca aprendeu a desistir foi magistral.
Dez anos, três campeonatos brasileiros, uma Copa do Brasil, quatro Paulistas, uma Recopa, uma Libertadores e um Mundial depois, Ronaldo se tornou um dos maiores acertos de toda a história corintiana e, por tudo o que trouxe ao Timão, tem seu lugar na escalação ideal da grande maioria de nossos torcedores.
Era impossível dar errado!
Aliás, embora não fizesse mais parte do grupo, inegavelmente, Ronaldo, com toda sua experiência e carreira vitoriosa, trouxe ao Corinthians a estrutura que faltava para o clube conquistar a América e chegar, novamente, ao topo do mundo, em 2012, contra o Chelsea.
Quis o destino, inclusive, que a semifinal, contra o Al-Ahly, fosse disputada exatamente quatro anos depois de sua apresentação e o resultado, 1 a 0, fosse construído exatamente por quem vestia a camisa 9, que Ronaldo carregou com tanto brilho durante seus 69 jogos pelo Corinthians.
São dez anos. Inesquecíveis, por sinal. Dois gigantes que se encontraram e fizeram do Corinthians a equipe brasileira mais vitoriosa deste século.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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