A euforia da Fiel pelo primeiro título de Campeonato Brasileiro conquistado pelo clube, em 1990, ainda não tinha passado. Internamente, porém, todos sentiam que era hora de renovar aquela sensação de erguer um troféu.

Formado por uma série de jogadores talentosos, fugindo até do estilo raçudo consagrado no clube, o time de 1998 dava grandes demonstrações de que podia devolver essa alegria à torcida.

E de fato devolveu. Há exatos 20 anos, em 23 de dezembro de 1998, a equipe alvinegra bateu o Cruzeiro por 2 a 0 e garantiu seu segundo caneco do Brasileirão. Antes de falar sobre a final, porém, é válido relembrar a brilhante campanha do time comandado por Vanderlei Luxemburgo.

Na primeira fase, disputada em pontos corridos, o Timão terminou com a primeira colocação: ao todo, venceu 14 jogos, empatou cinco e perdeu apenas quatro, somando 46 pontos - um a mais que o vice Palmeiras.

Com a moral em alta, o time se manteve bem na fase final. Primeiro, enfrentou o Grêmio - eram três jogos para definir o classificado. No primeiro, em Porto Alegre, vitória alvinegra por 1 a 0. Na sequência, triunfo gaúcho por 2 a 0 no Pacaembu. No mesmo palco, o Corinthians cresceu na terceira e última partida, vencendo por 1 a 0, com gol de Edilson.

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Na semifinal, jogo ainda mais pesado: clássico contra o Santos, onde o equilíbrio prevaleceu. Na Vila Belmiro, 2 a 1 para o time do litoral. Dias depois, o Timão devolve a moeda no Pacaembu, vencendo por 2 a 0. No terceiro e decisivo duelo, empate por 1 a 1 e Corinthians avançando pelo saldo de gols.

Com o rival pelo caminho, chega, enfim, mais uma final nacional para o clube, comandado naquele momento por nomes como Marcelinho Carioca, Edilson, Dinei, Ricardinho, Vampeta, Gamarra e Rincón.

Contra o Cruzeiro, um teste para cardíaco. Os dois primeiros jogos terminaram em empate - por 2 a 2 em Minas e 1 a 1 em São Paulo. Restou, então, o desempate. E o Corinthians sobrou. Os gols de Edilson e Marcelinho garantiram o 2 a 0 e o segundo caneca do torneio para a galeria de títulos do Parque São Jorge. Inesquecível.

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