Não queiramos comparar Carille com Sampaoli
Opinião de Roberto Gomes Zanin
5.5 mil visualizações 103 comentários Comunicar erro
Continuo achando que a volta de Fábio Carille foi o grande reforço para 2019.
O cara tem nosso DNA, conhece o clube como ninguém e é da escola tática que fez o Corinthians o clube mais vencedor dos últimos anos.
As estripulias e o futebol vistoso gerados por Jorge Sampaoli são uma exceção que talvez ofusque nosso julgamento sobre o trabalho do nosso treinador.
Claro, ainda não jogamos um futebol convincente, mas Fábio recebeu uma penca de jogadores e está, aos poucos, achando um time.
Sampaoli conseguiu isso mais rápido. Mas não me importa o começo. Importa-me o fim.
Vejamos lá na frente.
O Corinthians no Paulistão está dentro do que eu esperava. Ganhamos os clássicos e vamos nos classificar. Depois veremos.
No torneio continental o empate arrancado à força contra o Racing deixa, para mim, a disputa ainda em aberto.
O importante é começar o Brasileiro com o time encaixado. E isso teremos. Eu creio.
A última semana valeu por um mês.
Contra o Racing caiu a ficha. Jadson e Sornoza não podem jogar juntos, já que sobrecarregam a marcação no meio.
Contra o SP, eis que chegou um jogador que pode arrumar o time: Júnior Urso.
Confesso que dei de ombros com a contratação dele. Mas percebo (e Carille também) que ele é o cara que vai dar sustentação ao Ralf na marcação e ainda será o elemento surpresa que subirá ao ataque.
Ainda tenho seríssimas restrições à dupla Manoel e Henrique. Nosso treinador aposta neles. Talvez com uma marcação mais forte no meio a zaga fique menos exposta e pise menos na bola.
O treinador percebeu que apesar de ter várias opções para a linha avançada, Clayson ainda é necessário por suas características de jogador que procura o fundo do campo.
E ele percebeu não é obrigado a colocar Love de titular, principalmente como jogador de beirada, marcando o lateral.
Enquanto Gustavo for Gustagol, é ele e mais 10. Quando ele deixar de jogar bem, teremos duas ótimas opções no banco (Love e Boselli). E em situações como as do clássico, um deles pode entrar no decorrer do jogo.
Antes de cornetar Carille, olhemos para o Soberano fake.
Mudaram, mudaram e mudaram de treinador e perderam o rumo. Deixa o homem trabalhar.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
Avalie esta coluna
Veja mais posts do Roberto Gomes Zanin
- Corinthians contrata o pai de Jesus
- Derrota do rival no Mundial não pode nos fazer esquecer dos nossos problemas
- Duilio queria manter Sylvinho no Corinthians; saiba o que fez o presidente mudar de ideia
- Corinthians de Sylvinho desafia nossa fidelidade
- Assustadora entrevista de Willian confirma o que todo o mundo sabia sobre Sylvinho
- Copo meio cheio, meio vazio: a estreia do Corinthians 2022