Carille diz que título de 2019 foi o mais difícil e quer ajustar Corinthians durante a Copa América
3.1 mil visualizações 39 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Fábio Carille durante jogo contra o São Paulo, pela final do Paulistão
Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians
Fábio Carille conquistou o seu quarto título à frente do Corinthians, sendo três deles do Campeonato Paulista. Responsável por organizar uma grande reformulação no elenco, o técnico mais uma vez demonstrou a sua incrível superioridade em jogos decisivos e clássicos e comentou sobre os méritos dos títulos nos dois anos e meio em que vem dirigindo o clube alvinegro.
Atuações da equipe e o que esperar agora
Com a chegada de 13 reforços, o treinador, que retornou à equipe no início desta temporada, após se aventurar no futebol árabe, teve dificuldade para encontrar a fórmula de jogo ideal. Em algumas partidas, por exemplo, o time se desencontrou e por pouco não acabou sendo eliminado.
"Sei que fui chamado de retranqueiro. Mas assim, principalmente a parte da imprensa que acompanha parte do treino, fiz tudo o que fiz no primeiro jogo, quando ganhamos de 2 a 1, e não funcionou. Como o Sampaoli disse, no primeiro jogo só o Corinthians jogou, mas no segundo jogo, tudo que a gente planejou, trabalhou, conversou, a gente não colocou e só teve um time dentro de campo, e foi o Santos", disse Carille em entrevista à Corinthians TV.
Para o técnico, no entanto, a equipe vem se encontrando, mas a falta de entrosamento ainda é nítida e os jogadores ainda não conseguem agir com naturalidade em campo. Com uma parada pela frente na metade do ano, Carille disse que será possível fazer com que os jogadores joguem sem pensar.
"O que eu acho que falta muito é o jogar sem olhar, sem pensar. A partir do momento que esse grupo de 41 jogadores começar a entender, isso vai facilitar. O Clayson gosta de bola em profundidade, Jadson bola no pé, então esses detalhes fazem a diferença. Os times de 2015 e 2017 jogavam assim, e esses detalhes vem com treinos. A gente vai ter a parada para a Copa América e vamos ter muito espaço para trabalhar isso", completou.
De 2017 até aqui
Fábio Carille também comentou sobre as outras conquistas que compõe o tricampeonato paulista do Corinthians. De acordo com ele, o desta temporada foi o mais complicado, em que ele teve mais trabalho, mas o de 2017 fica marcado pela desconfiança e a prova de que ele poderia ser um bom técnico.
"Eu tinha certeza que ia ser o ano com mais dificuldade, pela mudança grande de elenco, sem ter tempo para trabalhar. Não estamos no estágio que eu desejo, e acho que esse título, mesmo que não tão merecedor, pode trazer uma tranquilidade. Com esses dez anos de Corinthians sei que essa adaptação é muito importante", relembrou o técnico.
"O de 2017 com certeza (é inesquecível). Vai ficar marcado, pela desconfiança não só minha como de muitos jogadores, próprio Rodriguinho, Jô, Balbuena, de todos comprarem a ideia da comissão, e alguns jogos de superação dentro do Paulista. Contra o Palmeiras, que tinha sido campeão brasileiro em 2016, com o elenco montado, a expulsão com o Gabriel, e a gente jogou o segundo tempo inteiro com um a menos, mas com dedicação, e os caras guerrearam muito. E no final, o Jô sendo premiado com o gol, vai ficar marcado, foi muito importante para a minha carreira. O que eu mais trabalhei foi o de 2019, mas o que eu nunca vou esquecer vai ser o de 17", finalizou Carille.
