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Hoje é no amor: o memorável 5 de maio de 2010 (quem lembra?)
Lucas Faraldo

Editor e apresentador no canal do Meu Timão no YouTube

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Hoje é no amor: o memorável 5 de maio de 2010 (quem lembra?)

Coluna do Lucas Faraldo Knopf

Opinião de Lucas Faraldo

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Hoje é no amor: o memorável 5 de maio de 2010 (quem lembra?)

Vagner Love, nove anos depois, tem chance de 'se redimir' pelo Corinthians

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Chorei três vezes na vida por causa do Corinthians.

  • 1 a 1 contra o Grêmio, em 2 de dezembro de 2007
  • 2 a 1 contra o Flamengo, em 5 de maio de 2010
  • 2 a 0 contra o Boca Juniors, em 4 de julho de 2012

São aquelas partidas cujas datas a gente guarda na memória sem nem precisar pesquisar certinho em que dia aconteceu. Duas delas traumáticas. Uma épica.

E uma das traumáticas vem à tona hoje, quase uma década depois. E é sobre ela que gostaria de divagar por aqui nesta emblemática terça-feira de futebol. Assim como nas oitavas da Libertadores de 2010, o Corinthians precisa reverter diante do Flamengo uma derrota parcial de 1 a 0. Dessa vez a missão parece ainda mais difícil. E é essa dificuldade maior, com um toque de amor, que me faz acreditar loucamente na virada do Corinthians.

Comecemos pensando na inversão dos mandos de campo – naquela ocasião, a derrota da ida aconteceu no (encharcado) Maracanã. Vencer no Pacaembu era quase obrigação. Hoje o cenário é invertido: o Corinthians perdeu em Itaquera e, diante de mais de 50 mil cariocas, precisará lutar contra um franco favoritismo inevitavelmente imbuído nos mandantes.

Naquele primeiro ano da década, o Corinthians era o bicho papão da Libertadores, dono da melhor campanha na fase de grupos, com Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos como estrelas de um histórico elenco. O Flamengo enfrentou o Timão justamente por ter tido os números opostos: foi o 16º melhor classificado para as oitavas de final.

Agora em 2019 o Flamengo chega direto às oitavas da Copa do Brasil porque estava na Libertadores (competição na qual se classificou para o mata-mata, aliás). O Corinthians, por sua vez, passou sufoco em todas as quatro fase que disputou até aqui: contra Ferroviário, Avenida, Ceará e Chapecoense. E ainda perdeu para hoje seu principal jogador: Fagner!

Em 2019 também muito se fala sobre as diferenças de investimento financeiro de um ou outro clube do futebol brasileiro – o Flamengo é um deles. Somente a contratação de Arrascaeta, por mais de R$ 60 milhões, custou quase o dobro dos cerca de R$ 30 milhões desembolsados pelo Timão na montagem do atual elenco com direito a 14 contratações.

Porra! Mas então por que acreditar na classificação do Timão? Como gosto das peças que o destino futebolístico nos prega, meu palpite é um pouco de amor. Ou Love, como preferirem. Foi Vagner, o camisa 9, quem marcou o gol do Flamengo no Pacaembu naquele fatídico 5 de maio, superando, no fim das contas, o nosso fenomenal camisa 9 da época.

E hoje é por aqui que Vagner Love está. Já na condição de "semi-ídolo" talvez. Apaixonado pelo Corinthians – sem deixar de respeitar sua história com a camisa do Flamengo. Mas foi pelo Timão que o Artilheiro do Amor descobriu o amor de cônjuge, o amor que se escolhe.

Ainda um ponto importante a ser levantado diante do histórico corinthiano da última década: acabou o tal do gol qualificado. Bola na rede tem o mesmo peso aqui e acolá. E isso poderia ter salvado o Timão em inúmeras eliminações neste século (como a própria citada diante do Flamengo, no Pacaembu, lá em maio de 2010). E pode salvar hoje também!

Imagina uma classificação hoje com gol de Vagner Love sem mais essa patacoada de gol qualificado?! Diante de todas essas dificuldades? Nada mais corinthiano. E quem sabe ainda ganho uma quarta data memorável (a segunda épica?) pra seleta lista alvinegra...

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Coluna do Lucas Faraldo Knopf

Por Lucas Faraldo Knopf

Jornalista pela ECA-USP e ex-Esporte Interativo, Jovem Pan e Lance!. Hoje trabalha no Meu Timão. Autor do livro 'Impedimento - Machismo, racismo, homofobia e elitização como opressões no futebol'.

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