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Pedrinho e Vital podem trazer muito mais que R$100 milhões
Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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Pedrinho e Vital podem trazer muito mais que R$100 milhões

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Pedrinho e Vital podem trazer muito mais que R$100 milhões

Vital e Pedrinho são destaques do Corinthians atualmente

Foto: Daniel Augusto Jr

Acostumados a ver o time desmanchar nas janelas de fim de temporada no Brasil, os corinthianos conviveram com momentos de preocupação ao ouvir a possibilidade de perdermos jogadores importante na metade deste ano, justamente quando o time começou a engrenar, alcançou a inédita semifinal da Sul-Americana e chegou ao terceiro lugar no Campeonato Brasileiro.

Sabemos que nossa diretoria adora fazer um mau negócio e que basta ver uma oferta ruim para fechar a venda na hora. Este era o caminho que parecia acontecer com Vital e com Pedrinho e que somente não aconteceu com Gabriel aparentemente por falta de palavra do clube árabe (obrigado!).

Esperando ofertas volumosas, o Timão almejava arrecadar R$100 milhões ou mais na venda de seus dois maiores jogadores do momento, mas é preciso ponderar quanto, de fato, valem Mateus Vital e Pedrinho no momento atual. Ambos, que assumiram o protagonismo da equipe e foram decisivos nos últimos jogos, estão em franca ascensão na carreira, frequentam seleções de base e começam a se destacar no futebol brasileiro.

Com isso, a permanência de Vital e Pedrinho, embora não alivie a curto prazo os cofres corinthianos, tem reflexo direto nas finanças a médio e longo prazos, pois, com ambos em campo, o Timão tende a permanecer nas cabeças em ambos os campeonatos, o que garante maior visibilidade à marca, maiores premiações, mais gente no estádio e, claro, maior valorização não somente de ambos os jogadores, mas também daqueles que atuam juntos.

Em 2016, por exemplo, mesmo com o destaque de Renato Augusto e Jadson, também foram vendidos Ralf, Love, Malcom e Gil. Não, não estou sugerindo nem apoiando um desmanche para 2020, mas sim que eventualmente um ou outro jogador pode ser valorizado, vendido e garantir a permanência dos reais protagonistas por, quem sabe, mais um ou dois anos.

Aliás, isso já aconteceu com o Santos duas vezes neste século. Em 2002, com a valorização de Diego e Robinho, outros jogadores como Alex, Renato e Elano também se valorizaram. Quase dez anos depois, com Ganso e, principalmente, Neymar, até André e Wesley aumentaram seu valor de mercado, sem contar Alex Sandro e Danilo, jogadores de bons times europeus hoje em dia.

Além disso, até mesmo a valorização de outros nomes pode fazer com que os principais permaneçam por mais um tempo, como no Grêmio de 2017, que, com Luan e Arthur em alta, recebeu proposta e vendeu Pedro Rocha, que, dentre os três, era o pior (ou "menos melhor", num erro gramatical mais didático). O resultado foi a permanência dos protagonistas, um fôlego financeiro a curto prazo e mais um título da Libertadores para a história.

Sabemos que o Corinthians gostaria de vender um dos dois e que isso só não foi possível por falta de um proposta mais vantajosa. Ótimo para o clube, que deve aumentar sua arrecadação neste curto prazo e que mantém dois jogadores que estão decidindo jogos e já caíram nas graças da torcida. É fato que tanto Pedrinho quanto Vital serão vendidos em breve. Mas é provável que saiam mais valorizados, valorizem seus companheiros e tragam, num todo, mais dinheiro aos cofres do Timão. Isso sem falar na possibilidade real de títulos.

Ah, é claro que nada disso ignora o fato de mais uma péssima gestão financeira do clube, que torna urgente a venda de jogadores por menos do que valem. Mas falar disso já é chover no molhado, infelizmente.

Veja mais em: Pedrinho, Mateus Vital, Mercado da bola e Diretoria do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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