Linha temporal dos deslizes de Carille no comando do Corinthians
Opinião de Ana Paula Araújo
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Apesar de esboçar mudanças e uma discreta melhora no desempenho da equipe que enfrentou o Goiás na noite desta quarta-feira, Carille ainda balança no cargo e não há motivos para que permaneça na temporada 2020, na minha opinião. Não tem clima.
Após uma passagem de sucesso, muita gente deve se perguntar quando foi que o treinador começou a sua derrocada no comando do Corinthians. Eu mesma me questionei sobre e resolvi pensar um pouco. Não foi nesta temporada que tudo começou e muito menos com as desclassificações recentes. O início de tudo foi na maneira que ele saiu na temporada passada e foi para Arábia.
Fiz uma linha do tempo explicando meu ponto de vista sobre o momentos que foram preponderantes para a insustentabilidade do treinador no cargo.
Só aí temos:
- 18 de maio de 2018 - promessas não cumpridas, quando diz que não vai sair e sai;
- 21 de abril de 2019 - desmerecimento de um título tradicional;
- 10 de maio de 2019 - outra promessa que ficou só na promessa mesmo;
- 19 de setembro de 2019 - transferência de responsabilidade;
- 21 de setembro de 2019 - justificativa injustificável;
- 22 de setembro de 2019 - ironizando um protesto legítimo da torcida;
- 30 de setembro de 2019 - fritando jogadores publicamente;
- 10 de outubro de 2019 - transferindo, mais um vez, a culpa dos péssimos desempenhos;
- 13 de outubro de 2019 - desmotivando ainda mais elenco e torcida.
Carille é uma pessoa comum, com qualidades e imperfeições, não ponho em xeque seu caráter, mas ele tem um defeito preocupante: fala antes de pensar.
Achei que esse período que passou em um país estrangeiro, além de uma boa assessoria, fossem fazer ele melhorar nesse aspecto, mas não, continua o mesmo. Talvez seja um defeito incorrigível, quem sabe? Todos nós temos. A longo prazo, certamente o fará ter muitos problemas na profissão.
Para mim, Fábio Carille - classificando ou não o time para Libertadores - deve deixar o Timão. Não há mais clima depois de tantas declarações controversas.
Fábio Carille morre pela boca.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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