Análise: Corinthians pode reclamar do juiz, mas não podia dar tantas chances ao Cruzeiro na Arena
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Por Tomás Rosolino, na Arena Corinthians
O Corinthians não teve nem de longe a sua pior atuação no ano, mas a má fase combinada a erros táticos mais uma vez cobrou seu preço. O time pode reclamar da arbitragem no lance de gol mal anulado de Mateus Vital e no impedimento assinalado pelo bandeira no tento de Ederson, mas o Cruzeiro, que tinha mais jogos do que pontos até este final de semana, fez um jogo por vezes superior aos mandantes.
O primeiro tempo mostrou um Corinthians, agora não mais invicto jogando em Itaquera, semelhante ao apresentado diante do Goiás, com a diferença de um adversário que buscou ficar com a bola. O Cruzeiro, mesmo em má situação no Brasileiro, conseguiu rodar bastante a posse entre os seus atletas e tirou a velocidade pretendida pelos donos da casa.
Apostando em uma marcação pressão quando a bola chegava em Fagner, conhecido escape na saída de bola alvinegra, o time mineiro foi um pouco superior nos primeiros 30 minutos, podendo até ter aberto o placar com Fred em uma das boas jogadas entre Egídio e Marquinhos Gabriel. O centroavante, livre, porém, mandou para fora.
Depois de bastante dificuldade, porém, Fagner conseguiu se livrar da marcação de Marquinhos em duas oportunidades, abrindo um corredor para o seu apoio. Depois de um chute travado de Gustavo, o lateral viu cair para si uma rara chance na pequena área, finalizando sem chances para a defesa de Fábio.
O problema para os donos da casa, porém, foi que não houve tempo para se organizar e aproveitar os espaços que poderiam ser dados pelo adversário. Logo no primeiro ataque do Cruzeiro, Méndez tentou fechar cabeçada de Marquinhos Gabriel e viu a bola bater na sua mão. Pênalti bem batido por Fred e tudo igual.
O jogo ficou sem dono a partir dali, com ambos os times abdicando do meio-campo e jogando em transição. Avelar e Fagner se mandaram sempre que o time tinha a bola e criaram cada um um lance de perigo. Atrás, o destro quase deu um gol a Marquinhos Gabriel, mas o cruzeirense não soube aproveitar a chance.
Corinthians encaixa o jogo por 20 minutos
Na etapa final, mesmo sem modificações, o Timão voltou bem para a partida. Bastante forte no jogo aéreo, o clube alvinegro viu Pedrinho aproveitar sobra e parar em linda defesa de Fábio. Na sequência, o juiz apontou falta inexistente de Marllon em Fred e anulou o que seria gol de Mateus Vital.
Com todas as bolas na segunda trave entrando, o Timão podia ter feito com Janderson e Avelar, mas não foi capaz de superar Fábio. O jogo parecia controlado até uma trapalhada da defesa e da arbitragem dar um gol ao Cruzeiro.
Ederson recebeu a bola em desarme de Fagner, muito à frente da zaga, mas em condição legal por receber de um adversário. O bandeira apontou impedimento e o zagueiro Marllon parou no lance. O juiz, no entanto, mandou seguir e viu o cruzeirense limpar Walter para fazer o 2 a 1.
A desvantagem tirou Carille, expulso por reclamação, e desorganizou o Corinthians. Apostas do treinador, Vagner Love e Clayson não conseguiram dar a movimentação necessária. Gustagol, mesmo mau tecnicamente, atuou pelos 90 minutos. Jadson, que havia entrado pouco antes, até tentou, mas não conseguiu deixar os companheiros em condição de finalizar.
O Cruzeiro, diminuindo a marcação e pressionando a bola, não precisou sofrer para assegurar o resultado. A torcida até tentou empurrar, mas deixou a Arena muito irritada com mais uma decepção no ano.