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Mulheres dão um toque de charme na construção da Arena Corinthians

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SÃO PAULO - Cerca de 60 mulheres, de um total de 1.546 funcionários, formam o time feminino que trabalha para que a Arena Corinthians, batizada de Itaquerão por estar localizada no bairro Itaquera, na zona leste de São Paulo, saia do papel a tempo de sediar a abertura da Copa do Mundo em 2014. Elas dão expediente em diversas áreas, quase todas fora da construção civil. São enfermeiras, assistentes sociais, pintoras, faxineiras, auxiliar de administração, sinalizadora, entre outras.

Apesar de o ambiente ser marcadamente masculino, tanto pelo futebol, assunto recorrente nos largos espaços da construção, quanto pelo tipo de trabalho, que emprega mais de 70% de seu contingente em atividades braçais, as representantes do sexo feminino dizem não sofrer preconceito e vibram pelo esporte tanto quanto seus colegas.

Josélia Correia da Silva, 36, é auxiliar de limpeza contratada pela empresa responsável pela instalação dos equipamentos de ar condicionado. Para ela, a paixão pelo Corinthians fez com que o grupo se tornasse próximo. A moradora de Guaianazes, que fica a 40 minutos do trabalho, diz nunca ter sofrido nenhum tipo de preconceito ou assédio. "Estamos todos aqui como uma família", aponta. A oportunidade surgiu à Josélia como um privilégio. "É ótimo trabalhar tão perto do Timão. Não sei se vamos receber ingresso para os jogos, mas eu quero assistir todos", conta.

A auxiliar de escritório Ana Cristina da Silva, 28, está na obra desde outubro do ano passado. Ela viaja diariamente de Santo André para trabalhar no estádio. O ambiente não é novidade para a profissional, que diz já ter trabalhado anteriormente em outras obras e está acostumada à grande quantidade de homens. Mesmo assim, Ana é da mesma opinião de Josélia. "Não acontece nenhum tipo de discriminação", aponta.

O setor tem oferecido salários melhores e mais estabilidade no emprego, diferente de funções como empregada doméstica ou cozinheira. Marina Barbosa ocupa o setor de segurança do trabalho no Itaquerão desde 2012. Ela entrou, há três anos, na função de auxiliar de produção. Para a profissional, a mulher acaba sendo mais pontual e detalhista nas funções que lhe são atribuídas.

O projeto Mulheres que Constroem, idealizado pelo Instituto Construa, busca a inserção dessa fatia de força de trabalho no mercado. A iniciativa traz cursos de alvenaria, assentamento de piso, elétrica predial, gesso e drywall, hidráulica e pintura. Em um ano, 250 alunas passaram por lá, com inserção de 30% delas em empregos formais e 20% atuando como prestadoras de serviços autônomas, segundo dados do site oficial do programa.

Para o gerente de comunicação da Odebrecht, Marco Antonio Antunes, a quantidade de mulheres trabalhando no Itaquerão é resultado da ampla variedade de empregos "mais adequados" ao gênero que são oferecidos em São Paulo. "É difícil encontrar pedreira e carpinteira na capital", argumenta. Antunes explica que em outra obra da construtora, na Hidrelétrica de Santo Antonio, em Porto Velho (RO), cerca de 25% dos funcionários são mulheres. De acordo com ele, a demanda varia de acordo com a economia local.

Embora a passos lentos, a participação da mulher na construção civil tem crescido na última década, mesmo que em baixa escala. É o que mostra levantamento do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (Cnae), indicando que a presença feminina em obras como estações e redes de telecomunicação subiu de 12,96% em 2010 para 13,68% em 2011. No setor de montagem e instalação de sistemas, de 14,14% a 14,36%, no mesmo período. A Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC), em estudo de 2010, ainda aponta que há mais de 200 mil mulheres com carteira assinada no Brasil, equivalente a 8% da construção civil. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção civil de São Paulo (Sintraconsp), Antonio de Sousa Ramalho, a falta de mão de obra trouxe as mulheres para as construções, principalmente por melhores oportunidades de salário.

Fonte: Estadão

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