Dois atletas com situações físicas curiosas no atual elenco do Corinthians, o lateral-esquerdo Sidcley e o atacante Everaldo foram tema de uma entrevista do preparador físico Michel Huff. Presente no lançamento oficial do livro sobre a trajetória do goleiro Cássio, o profissional detalhou o que esperar da dupla nos próximos dias.

"Sidcley ficou muito tempo parado, seu último jogo foi final de maio de 2019, mais de seis meses parado. Fica difícil dizer que ele tem condições de jogar 90 minutos, eu acredito que não tem, mas ele está evoluindo", observou Huff, explicando o que ele vê de avanço na condição do atleta.

"Já abaixou o percentual de gordura, ganhou percentual muscular, seus índices de força aumentaram, mas ele precisa de mais tempo. Aí ele pode atuar com uma boa performance. Mas isso não quer dizer que ele não vai jogar 90, ele pode, mas teria a queda", continuou Huff.

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Já Everaldo, que não participou nem da pré-temporada por não estar no nível físico necessário, estaria liberado para atuar se Tiago Nunes quisesse. "O Everaldo passou pelo RTP (return to play, processo de transição), e ele tem duas fases. Primeiro a condição física, depois dos números. Hoje ele já trabalha com o grupo e está à disposição para jogar", revelou Huff, contente pelo desempenho apresentado pelo restante do elenco até agora.

"A princípio estamos satisfeitos com o desempenho físico, isso vai muito de ritmo de jogo e entendimento das ideias do Tiago. Vemos evoluções individuais e coletivas e acho que em mais uns quatro ou cinco jogos já vamos ter um desempenho melhor nos jogos, principalmente em sequência.", observou o profissional, assegurando que houve evolução até no empate por 1 a 1 contra o Mirassol.

"Ontem (domingo), por exemplo, enfrentamos um adversário que já está na frente em termos de preparação. Pegamos dados físicos, para monitorar os jogadores. A evolução foi pequena, mas ela existiu. Precisamos ter paciência, para fazer a leitura desse momento e melhorar sempre", classificou Huff. Para encarar a Ponte, ele não crê em muitos desfalques.

"Tivemos jogadores que correram mais, na verdade, em comparação ao primeiro jogo. Um distância longa, sem intensidade, não adianta, tem que saber dosar. Isso é questão de ajuste, o jogador vai ganhando ritmo, índices de jogo. O time vai ter um desempenho melhor, e quando enfrentarmos equipes com o mesmo nível de condição física, vai ser melhor. Eu cuido muito do pós-jogo, tivemos uma sequência forte, e eles já apresentaram boa recuperação. Teremos poucos desfalques para o jogo de quinta", concluiu.

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