Presidente do Corinthians diz: 'Se contas não forem aprovadas, vou pedir antecipação das eleições'
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Por Meu Timão
Mesmo com a nova eleição presidencial marcada para novembro, os bastidores políticos do Corinthians já estão superaquecidos neste início de ano. O tema da vez é a possível rejeição das contas apresentadas pelo clube pelo ano de 2019, proposta por meio de documento feito por conselheiros. As informações são do Blog do PVC, do GloboEsporte.com.
Autores do requerimento, Felipe Ezabella, Ilmar Schievenato e Cláudio Faria Romero questionam os empréstimos superiores a R$ 10 milhões que não tiveram aprovação do CORI. Além disso, destaca-se o fato do déficit superar 20% da receita.
Já com o documento em mãos, Andrés Sanchez negou a acusação, descartando déficit financeiro tão grande quanto o relatado de forma contábil - os conselheiros falam em déficit de R$ 160 milhões, em cenário com faturamento de R$ 450 milhões. Além do mandatário, o presidente do Conselho de Orientação e Fiscalização (CORI), Roberson de Medeiros, e o presidente do Conselho Deliberativo, Antonio Goulart dos Reis também receberam o requerimento.
"O problema é que eu contrato um jogador por cinco anos e tenho de colocar todo o valor em um único ano. O déficit é contábil, não é financeiro", afirma o mandatário, que ameaça tomar atitude mais drástica caso tenha o orçamento realmente rejeitado: adiantar as eleições.
"Eu não vou renunciar, mas se as contas não forem aprovadas eu vou pedir a antecipação das eleições. O que não pode é eu ficar aqui fazendo mal ao clube", pontuou.
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Ter déficit superior a 20% da receita, cabe destacar, pode resultar na saída do Corinthians do Profut, programa de refinanciamento da União. Se isso acontecesse, a dívida alvinegra poderia ser executada de uma vez, deixando de ser quitada em parcelas a longo prazo.
O Timão, vale lembrar, apareceu recentemente no topo do ranking dos clubes que mais devem para a União. Ao todo, o clube tem dívida de R$ 737 milhões com o Estado.