Tiago Nunes defende linha de trabalho no Corinthians: 'Clamavam por transformação'
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Por Meu Timão
O técnico Tiago Nunes falou pela primeira vez durante a quarentena imposta ao futebol brasileiro por causa da pandemia do coronavírus. Pressionado pelos maus resultados antes da paralisação do Campeonato Paulista, o treinador defendeu que se mantenha a linha adotada pelo clube na sua contratação.
"Passei a acompanhar o clube em novembro. Se clamava publicamente por uma transformação da ideia de jogo. Fui contratado com esse objetivo. E com 13, 14 jogos já não ser mais essa transformação. Tudo depende do resultado", comentou, em entrevista ao Bandsports.
"Não vou ser influenciado por isso, não sei quanto tempo vou permanecer aqui. Não é isso que me preocupa. Estou preocupado em fazer da melhor maneira possível o que fui chamado para fazer: mudar a maneira de jogar e ajudar o Corinthians a revelar jogadores", continuou.
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Nunes, que acumula até agora três vitórias, cinco empates e quatro derrotas nos 12 jogos oficiais realizados pelo Corinthians, ainda tratou de outros assuntos durante a entrevista. Para ele, o clima político influencia no clube, principalmente por ser ano de eleição, e Jadson e Ralf saíram em decisão conjunta com os diretores.
"Quando em tempos normais a torcida bateu no portão do clube em fevereiro? Por que perdeu na Libertadores? Pode ser. É um catalisador, mas a gente sabe que tem interesse político. Há o pensamento de destruir o que está dentro para valorizar o que está fora", retomou o comandante, antes de concluir.
"Todo mundo que está fora tem a solução para que está acontecendo dentro. Treinadores são assim, principalmente aqueles que estão mandando currículo agora. Treinadores importantes. Não me preocupo com isso, sei que faz parte. Tem muita repercussão e tem muita polêmica. É preciso ter a capacidade para não dar bola para isso", concluiu.
Respostas a Jadson e Ralf
Nunes ainda fez questão de comentar sobre as recentes declarações do meia Jadson. Depois de uma interação do armador no Instagram ser compartilhada, o armador voltou a mostrar seu descontentamento com a maneira que foi tratado no início do ano, quando foi dispensado do elenco.
"Não tomo decisão sozinho. Tudo foi compartilhado. Coloquei, sim, para a direção que Ralf e Jadson não tinham características que a gente desejava em termos de intensidade física, de movimento. Fiz uma avaliação minuciosa porque são jogadores muito identificados com o clube. Coloquei meu desejo, e a direção acatou", avaliou, deixando claro que não via um time competitivo com a dupla.
"Conversei bastante com a direção sobre perfil de jogadores. Jogadores que a gente acreditava que poderiam iniciar próximos do que a gente desejava a gente manteve. Os que não teriam condições de perfil.técnico e físico para se adaptar mais rapidamente a gente não quis contar. Isso não é uma matemática exata, a gente tenta diminuir a margem de erro. Tem processo de teste e avaliação constantes", encerrou.