Jadson desabafa, diz que faltou respeito e descarta decisão individual de técnico: 'Política pura'
3.0 mil visualizações 40 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Além de toda a expectativa em torno de um novo estilo de jogo para a temporada, Tiago Nunes chegou ao Corinthians tomando uma decisão polêmica. Por característica de jogo e opções do plantel, o comandante abriu mão dos serviços de Ralf e Jadson, que rescindiram pouco depois com o clube. Para o ex-camisa 10, porém, a escolha não foi apenas do novo comandante.
"Apesar do técnico chegar e dar a opinião dele, teve muita gente que deu apoio por trás para acontecer isso. Mas futebol é isso. Sou muito grato ao Corinthians e aos torcedores. Meu carinho, independente de como sai, vai ser para o resto da minha vida. Acho que futebol é política pura. Depois que passa uns anos, você vai abrindo mais os olhos para o que acontece nos bastidores. Pesou muito meu ano, que não fui bem, e somou com outros prós e contras para que acontecesse isso", pontuou, em entrevista ao canal Fox Sports.
"A questão de sair do clube da forma que eu sai, Ralf também, deixou um pouco chateado. Apesar do ano passado ter sido um dos meus piores no Corinthians, com lesões, acho que faltou um pouco mais de... apostar. O Ralf jogou mais do que eu, trabalhava muito. Tinha ele e Cássio do título mundial, por isso fiquei mais chateado pelo Ralf. Eu tenho alguns títulos, sai de cabeça erguida", completou.
Leia também:
Jadson relaciona fase do Corinthians à prepotência e lamenta decisão de Nunes: 'Faltou confiança'
Jadson revela atraso de pagamento de férias do Corinthians ao elenco; clube dá prazo
Apesar da resposta, Jadson fugiu dos questionamentos ao ser perguntado sobre quem mais queria sua saída do clube. Ainda assim, admitiu bom relacionamento com o presidente Andrés Sanchez e deixou claro que, em sua visão, faltou respeito com ele e com Ralf na condução do adeus.
"Com o Andrés eu até tenho um relacionamento bom, dentro e fora do Corinthians. Eu considero e respeito. Mas acho que se o pessoal da diretoria chegasse em mim e falasse... Nem digo tanto por mim, mas pô, o Ralf é como Cássio, um patrimônio do clube. Teria falado com o treinador para deixar treinando, vai que ele precisa. Mas faz parte do futebol", explicou.
"Se a diretoria tivesse um pouco mais de respeito com nós dois, eles podiam ter agido de uma forma melhor. Ligaram dia 18 de dezembro falando que o treinador não ia contar com a gente, que podíamos procurar outro clube. Só que a chateação é porque os jogadores iam se apresentar na segunda-feira e o Vilson me ligou no domingo dizendo que era pra irmos só na quinta-feira. Isso que deixou chateado. Nunca tive problema, sempre honramos a camisa do Corinthians. No mínimo a gente podia se apresentar com o grupo, ficar treinando e não ir só na quinta, meio que nos queimando até no mercado da bola. Faltou feeling", concluiu.
Em outro trecho da entrevista, cabe destacar, Jadson falou de maneira mais firme sobre Tiago Nunes, deixando claro que quer provar que o treinador errou ao dispensá-lo e falando até mesmo em prepotência.