Fagner detalha sua personalidade, e justifica entradas duras e fama dentro de campo
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Por Meu Timão
Na última quarta-feira, o lateral-direito Fagner foi um dos convidados de uma transmissão ao vivo realizada pela Corinthians TV ao lado de Ronaldo Giovanelli e Duílio Monteiro Alves.. O jogador, que por vezes carregou a fama de violento dentro de campo, falou sobre esse título e os desentendimentos com os árbitros dentro de campo.
"Depende do jogo. O árbitro é o termômetro do jogo, ele pode acalmar o jogo ou deixar mais nervoso. Muitas vezes você está perdendo o jogo e começa inverter faltas ou parar muito o jogo. Aquilo vai te deixando, além do resultado, com a cabeça quente. As vezes você vai falar e já leva uma bronca do juiz. Precisa ter uma chave para, mesmo no calor do jogo, saber se dá para ir falar com o juiz ou não. Precisa ter essa noção para não prejudicar o clube", afirmou.
"Com 1,69m, se eu for devagar, me atropelam. Nosso grupo tem algumas lideranças, as vezes Walter, Cássio e Gil... Os líderes e até mesmo os mais novos, damos liberdade para todo mundo, vêm falar comigo, me pedir para tomar cuidado para não ser expulso. Com outros atletas também. Temos essa liberdade para ajustar e acertar essas coisas", completou o lateral, justificando as famosas entradas mais duras.
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O diretor de futebol do clube, Duílio Monteiro Alves, aproveitou para defender o atleta que, segundo ele, tem sua raça confundida com violência.
"Pela vontade, pela raça, pela entrega que o Fagner tem, muitas vezes as pessoas encaram como um jogador desleal e até marcado por alguns juízes. Muitas vezes no vestiário, no intervalo ou após o jogo, o Fagner está nervoso justamente pela marcação que o juiz tem com ele, por essa fama que não existe. É muito diferente raça de violência", afirmou Duílio.
"Os 90 minutos são meu prato de comida. Todo dia quando saio de casa, deixo minha família em casa, eu saio para evoluir e melhorar. Procuro melhorar não só como pessoa, mas também como profissional. Quero deixar um exemplo para meus filhos, de um cara sério, que não desiste. Precisamos seguir firme e com a cabeça boa. Se depender de mim, vão ver isso sempre, eu brigando os 90 minutos e querendo vencer sempre", disse Fagner ao ser questionado sobre sua personalidade dentro de campo.
Revelado pelas categorias de base do Corinthians, o lateral é, atualmente, o 23º atleta que mais defendeu o Timão na história. Uma marca que ele tem tomado todas as precauções para conseguir aumentar.
"Eu fico feliz de poder ser o 23º jogador com mais jogos pelo clube. São 350 jogos. Eu pretendo subir no ranking, até onde eu aguentar, mas tudo vai dos cuidados. Tenho uma pessoa na minha vida que puxa minha orelha quando precisa, que é minha esposa. É uma companheira que sempre puxa orelha quando precisa, elogia quando precisa...", contou.
"E são os cuidados, o futebol não dá margem para relaxar. É tudo muito intenso, rápido e dinâmico. Procuro me cuidar ao máximo que posso, me tratar bem. Minha vida e da minha família depende disso. Quero ser intenso todos os dias, quero ganhar e vencer. Perder uma dividida é chato, eu não quero. Quero ganhar todas. Isso faz de mim o que eu sou. Isso me define", finalizou Fagner.