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Corinthians marca um golaço fora de campo e dá exemplo de postura diante à pandemia de Coronavírus
Ana Paula Araújo

Engenheira de formação, mas corinthiana de alma. Deixei a profissão para fazer parte dessa família desde 2013.

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Corinthians marca um golaço fora de campo e dá exemplo de postura diante à pandemia de Coronavírus

Corinthians se posiciona sobre a volta do futebol em meio à pandemia

Foto: Divulgação Corinthians

Nesta terça-feira, o Corinthians divulgou carta aberta em repúdio aos clubes que voltaram ou desejam retomar suas atividades em meio à pandemia de Coronavírus. Após tantos erros já discutidos aqui nessa coluna, desejo hoje aplaudir esse acerto.

O assunto é tão sério que a maioria esmagadora de participantes aqui do Fórum do Meu Timão – quase sempre críticos com a diretoria alvinegra - concorda com o posicionamento corinthiano.

Reprodução Fórum do Meu Timão

Reprodução Fórum do Meu Timão

Andrés Sanchez assina a publicação que é um tapa da cara de outras grandes equipes que estão colocando seus interesses acima de vidas.

O Coronavírus arranca mais de 1000 brasileiros por dia do seio de suas famílias. Não há a menor possibilidade do futebol retomar suas atividades com números cada vez mais alarmantes. E também não tem por que segregar agora. O momento é de união. Os clubes devem dialogar para que cheguem a um consenso de acordo com o que orientam os especialistas.

O que me parece - pelo menos no Rio de Janeiro - é que o Flamengo trava uma espécie de Guerra Fria com as demais equipes e vence quem sair na frente em condicionamento físico quando o campeonato voltar. É uma competição à parte, provavelmente travada no Mundo da Lua, e encabeçada por dirigentes do time carioca e aqueles que dão anuência a essa insanidade.

"Nós vamos ter uma volta muito difícil esse ano, a gente precisa preparar nossos jogadores para uma série de campeonatos que vão ser disputados com um tempo muito curto. Nas conversas que a gente estava tendo, inclusive com a CBF, a expectativa é que, ao final das competições desse ano, a gente praticamente encadeie com as competições do ano que vem. Se não fizermos uma preparação física com os nossos atletas muito boa, dificilmente vamos conseguir passar por toda essa maratona sem lesões" - disse Rodolfo Landim, presidente do Flamengo.

Flamengo e companhia são iguais aquele amigo anticorrupção que adora alardear sua honestidade, mas que não pode achar um jeitinho de furar a fila do banco que o faz com prazer; que vê alguém do grupo prioritário chegar no ônibus e finge que está dormindo só para não se levantar. São as chamadas pequenas corrupções do dia-a-dia ou o "levar vantagem" que, nesse caso, atentam contra a vida.

Flamengo é tal qual o Palmeiras no episódio em que o paulista ganhou o apelido de Porco.

"Em 2020, a Série A tem 20 clubes de nove estados, cada um com panoramas distintos da doença. Isso pede um trabalho mais coordenado entre governos, clubes e federações. Num esporte coletivo, não dá para jogar sozinho.

Sem isso, qualquer retorno apenas adiará a próxima pausa forçada, em que os clubes vão, de novo, agonizar. Como negócio sustentável, o futebol só poderá voltar depois de uma articulação eficiente, focada tanto no bem-estar das pessoas quanto na segurança da Saúde nos estados envolvidos." - trecho da carta divulgada pelo Corinthians.

Enquanto no Rio o Flamengo dá exemplo de postura chauvinista, em São Paulo, o Corinthians lidera um grupo sensato, que apesar de tudo, prefere preservar pessoas.

Esse é o clube pelo qual me apaixonei. Aquele que traz para si causas importantes e que inflama no peito uma quentura e desperta tamanho orgulho. É agente ativo de transformação social. Foi assim ao nascer, foi assim durante a Democracia Corinthiana e não poderia ser diferente agora.

Veja mais em: Pandemia do coronavírus e Diretoria do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Ana Paula Araújo

Engenheira de formação, mas corinthiana de alma. Deixei a profissão para fazer parte dessa família desde 2013.

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