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Corinthians é alvo de ações trabalhistas de atletas de basquete, futsal e até ex-time de vôlei

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Atletas de esportes olímpicos, que atuaram no ginásio Wlamir Marques nos últimos anos, estão indo à Justiça do Trabalho contra o Corinthians

Atletas de esportes olímpicos, que atuaram no ginásio Wlamir Marques nos últimos anos, estão indo à Justiça do Trabalho contra o Corinthians

Divulgação

Não são apenas ex-jogadores do elenco principal do Corinthians e ex-funcionários do CT Joaquim Grava que estão buscando seus direitos na Justiça do Trabalho. Atletas de esportes olímpicos estão indo no mesmo caminho em busca de ressarcimentos que acreditam serem justos e compatíveis ao período que representaram o clube.

A reportagem do Meu Timão encontrou ao menos seis processos dentro dos registros eletrônicos armazenados no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, sendo quatro atletas do futsal, um do basquete e um do vôlei. O montante das ações chega a R$ 1,6 milhão, entre acordos e não-julgadas. Uma dessas ações de futsal, aliás, virou um acordo para o atleta retornar ao próprio Corinthians na temporada 2020 - detalhes abaixo.

Os pedidos são, em sua maioria, por vínculo empregatício, verbas rescisórias não quitadas, relação direitos de imagem x CLT, encargos e impostos não recolhidos (INSS, IRRF e FGTS), discussões sobre premiações, diferenças salarias, participações em eventos do clube, juros, entre outros motivos.

Em relação ao futsal, a ação promovida por Valdin é a que ganhou destaque nas últimas semanas, com a condenação do Corinthians a pagar R$ 655 mil. Mas há também discussões jurídicas na esfera trabalhista com outros ex-atletas, como o pivô Elisandro, que atuou no clube nas temporadas 2014 e 2015.

Após recursos dos dois lados, o Corinthians foi condenado a pagar R$ 428 mil a Elisandro, realizando um acordo de oito parcelas de R$ 53 mil (finalizado em dezembro de 2019)

Após recursos dos dois lados, o Corinthians foi condenado a pagar R$ 428 mil a Elisandro, realizando um acordo de oito parcelas de R$ 53 mil (finalizado em dezembro de 2019)

Divulgação

Elisandro acionou a Justiça do trabalho pedindo ressarcimento por diversas causas, como vínculo empregatício, rescisão contratual, FGTS, bolsas escolares da filha, acréscimo remuneratório por partida, premiações, períodos em viagens, concentração e partidas, hora-extra em períodos de viagens e danos materiais. Após recursos dos dois lados, o Corinthians foi condenado a pagar R$ 428 mil, realizando um acordo de oito parcelas de R$ 53,5 mil (finalizado em dezembro de 2019).

Já Bruno Loureiro Barros, o Café, foi ala do futsal do Corinthians na temporada. O atleta, que hoje atua no Campo Mourão Futsal, entrou com uma ação trabalhista que pede R$ 45 mil. Valor esse que tem como base premiações que não teriam sido pagas pelo Timão, com todos os reflexos desse valor (férias acrescidas do terço constitucional, 13º salários, FGTS, bem como o pagamento de tais verbas), além de pagamento dos honorários advocatícios e correções monetárias.

Outro ex-atleta de futsal que acionou o clube na Justiça do Trabalho foi Leandro Caires, que atuou pelo clube de Parque São Jorge entre 2012 e 2017. O pedido inicial de Leandro foi de R$ 840 mil, alegando diferenças salariais; premiação; valor de diferença de premiação postulada e respectivos reflexos em cada verba; valores dos 13º salários discriminados separadamente por ano, bem como de cada férias discriminadas por período; além de valor referente ao FGTS.

Corinthians pagará R$ 348 mil em 24 parcelas), finalizando o acordo em dezembro de 2021; Após acordo na Justiça, Leandro Caires retornou ao Parque São Jorge

Corinthians pagará R$ 348 mil em 24 parcelas), finalizando o acordo em dezembro de 2021; Após acordo na Justiça, Leandro Caires retornou ao Parque São Jorge

Reprodução/Instagram

A Justiça não acatou os pedidos de Leandro Caires na totalidade e, após inúmeros recursos dos dois lados, as partes chegaram a um acordo. O Corinthians pagará R$ 348 mil em 24 parcelas (de R$ 14,5 mil), finalizando o acordo em dezembro de 2021.

O detalhe é que, após acordo na Justiça, Leandro Caires retornou ao Parque São Jorge para esta temporada. Pelo acordo firmado entre as partes, o clube o manterá sob contrato entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, com um salário já definido (60% em CLT e 40% em direito de imagem). Caso o vínculo seja quebrado pelo Corinthians (fim da modalidade ou dispensa do jogador, por exemplo), a punição será o pagamento de todos os salários que teria direito até o fim do vínculo, além de uma multa de 50% sobre o valor.

Ações trabalhistas viraram realidade também no basquete. O pivô Wagner, que atuou no Corinthians nas últimas duas temporadas, acionou pedindo pagamento das diferenças devidas por redução salarial, vínculo empregatício pedindo remuneração completa dentro da CLT (e não parte em direito de imagem), impostos como FGTS, além de uma suposta falta de suporte após uma lesão no ombro.

Wagner acionou o clube na Justiça do Trabalho com um pedido de R$ 205 mil; houve um acordo entre as partes para uma quitação de R$ 50 mil em cinco vezes

Wagner acionou o clube na Justiça do Trabalho; houve um acordo entre as partes para uma quitação de R$ 50 mil em cinco vezes

Meu Timão

Lesão essa que, inclusive, teria antecipado o fim de sua carreira. Diante disso, há um pedido também para indenização por danos morais. O valor total do pedido foi de R$ 205 mil. Houve um acordo entre as partes, para uma quitação de R$ 50 mil em cinco vezes, sendo a última a ser paga no próximo mês de agosto.

Nem o vôlei escapou dos processos contra o Corinthians na Justiça do Trabalho. Sidnei dos Santos Júnior, mais conhecido como Sidão, foi atleta do Corinthians entre 2017 e 2019, durante uma parceria (já extinta) do clube com a Prefeitura de Guarulhos. A ação do atleta tem como reclamadas a Associação Desportiva Cultural São Bernardo e o Corinthians, como secundária.

A reclamação de Sidão tem como reclamadas a Associação Desportiva Cultural São Bernardo e o Corinthians, como secundária

A reclamação de Sidão, ex-camisa 9 do Timão, tem como reclamadas a Associação Desportiva Cultural São Bernardo e o Corinthians, como secundário

Reprodução/Instagram

Sidão pede na ação reconhecimento do vínculo empregatício, saldos de salários, reflexos trabalhistas, verbas rescisórias (como férias e 13º salário) e recolhimentos fundiários, além de tentar mostrar responsabilidade conjunta das duas instituições mencionadas acima quanto à parte financeira. O valor total do pedido é de R$ 141 mil, ainda sem qualquer apreciação por parte do poder judiciário.

Vale lembrar que, em recente nota oficial emitida, o Corinthians informou que "não é e nem nunca foi o responsável financeiro pela parceria com o time de vôlei Corinthians Guarulhos. A agremiação possui apenas um contrato de licenciamento de marca para que a associação conseguisse patrocinadores junto ao mercado o que era de conhecimento do mercado, comissão técnica e atletas. Vale ressaltar que durante momentos de crise, o clube contribuiu financeiramente para a parceria por liberalidade e compromisso social com o esporte, no entanto o contrato foi encerrado em 06 de maio de 2019, devido à falta de capacidade de investimento prevista em contrato e não demonstrada pelo parceiro na prática".

Veja mais em: Parque São Jorge, Diretoria do Corinthians, Futsal do Corinthians, Vôlei do Corinthians, Basquete e Processos do Corinthians.

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