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Deu certo na Champions League. E o Corinthians pode repetir o feito
Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

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Deu certo na Champions League. E o Corinthians pode repetir o feito

Coluna do Luis Fabiani

Análise de Luis Fabiani

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O elenco do Corinthians, mesmo que longe de estar nos piores do país, não é excepcional. Embora se possa destacar alguns pontos positivos, tais como os bons inícios de Éderson e Cantillo, ainda se nota alguma fragilidade nas pontas. Everaldo e Janderson ainda não convenceram e Ramiro segue sem ter as características necessárias para aprofundar o sistema ofensivo do Corinthians

A nítida falta de segurança na defesa também é um ponto a ser ressaltado. É raro ver o Corinthians terminar uma partida sem sofrer gols. Gil e o parceiro que jogar ao seu lado dificilmente fazem uma partida segura, digna de aniquilar o ataque adversário. À exceção da partida contra o Red Bull Bragantino, não me vem à cabeça alguma partida na qual a defesa do Corinthians tenha transmitido segurança. Não é tanto uma questão de peças, mas sim de sistema.

Mas há uma luz no fim do túnel. A tendência, vista em alguns clubes europeus, de voltar a atuar com três zagueiros na equipe titular. Assim que a Atalanta e o Borussia Dortmund conseguiram desempenhar bom futebol contra equipes melhores da Europa. E no meu ver, o Corinthians tem as peças necessárias para adotar o esquema

Uma alternativa de esquema para o Corinthians

Uma alternativa de esquema para o Corinthians

Simulação

Veja bem, nessa imagem acima. Os zagueiros que jogam ao lado de Gil possuem uma alta velocidade de recuperação, o que esconde a maior deficiência do camisa quatro, que atuaria como um "defensor de sobra". Fagner e Sidcley, ótimos no setor ofensivo, teriam a liberdade que quiserem para atacar. Seriam protegidos por três zagueiros e dois volantes. Luan ficaria livre para se mexer na faixa central do campo e criar linhas de passe para que Cantillo o ajude na criação.

Além de que a necessidade pela contratação de um ponta diminuiria. Agora, a profundidade viria através dos laterais.

O problema disso tudo é que ficou quase inviável jogar com três zagueiros nos grandes clubes do Brasil. E a questão não está dentro de campo. Hoje, infelizmente, boa parte dos torcedores brasileiros possuem certo preconceito com o esquema. Atrelam aos times do passado, muitas vezes pragmáticos, que se marcaram mais pela forte defesa do que pela capacidade de atacar.

O São Paulo, tricampeão brasileiro na penúltima década, atuou dessa forma. A seleção brasileira, campeã mundial em 2002, também. A imagem que fica na cabeça de boa parte daqueles que acompanham futebol é de que esquemas com três zagueiros morreram no tempo.

Tiago Nunes tem as peças e conhecimento suficiente para desempenhar ótimo futebol com três zagueiros. Mas será necessário que a torcida coopere na paciência com os resultados.

Veja mais em: Tiago Nunes.

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Por Luis Fabiani

Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Há três anos, acompanhando a base do Corinthians diariamente pelo Meu Timão.

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