A imprensa esportiva tem noticiado há alguns dias a proximidade do venezuelano Otero com o Corinthians.

Não se sabe ao certo por qual salário o jogador viria para o clube, mas certamente se encaixará como uma luva no esquema atual do treinador Tiago Nunes.

Romulo Otero é daqueles jogadores que ainda hoje somente encontram espaço no futebol brasileiro, cada vez mais lento e distante do bom esporte jogado na Europa.

Exatamente como o Corinthians tem jogado.

Sem criação, com dois pontas inofensivos e um futebol que parece Rugby (só pode tocar para trás), o time receberá Otero de braços abertos, já que o meia é daqueles que se acham jogadores, mas só sabem chutar bem.

Otero não foi descartado por Sampaoli à toa. O venezuelano está mais para um jogador de football especializado em realizar field goals. Lento e de pouca criatividade, não se encaixou num esquema de velocidade e intensidade porque exala preguiça dentro de campo.

Infelizmente, para péssimas contratações sobram justificativas. Sempre há aqueles que dirão que Otero é ruim, mas melhor que os jogadores que estão no elenco. Mas qual a lógica de se tentar resolver um problema arrumando outro?

Ou ainda haverá aqueles que defenderão a contratação apostando na decisão em bolas paradas. Então por que não tentar Neto ou Marcelinho Carioca também, já que os três provavelmente correm o mesmo tanto atualmente?

Com Otero e seu alto salário, preenche-se a vaga na folha salarial que poderia ser de um jogador de lado de campo e esvazia-se espaços para a base, já tão marginalizada pelo clube nos últimos anos.

É de se espantar que um treinador taxado como ofensivo e promissor seja a favor da contratação do jogador. Ou Tiago Nunes está perdido e não entendeu que precisa de jogadores de velocidade ou ele simplesmente enganou a todos com seu primeiro e único trabalho pelo Athletico.

Otero combina perfeitamente com esse esquema preguiçoso e sem transição do Corinthians. É a representatividade do anti-jogo, oposto do que temos visto neste mês de Champions League.

Tiago Nunes precisa decidir: ou quer um time competitivo e intenso ou quer a contratação de Otero.

Os dois não dá.

Veja mais em: Mercado da bola e Otero.

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