Corinthians merece bronca de Mancini após o jogo contra o Goiás
Análise de Marco Bello
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É isso mesmo que você leu no título, torcedor.
Eu sei que você está contente, o time venceu, jogou muita bola, amassou o Goiás, está próximo do G6 do Brasileiro e com cinco jogos de invencibilidade.
Eu sei de tudo isso.
Mas treinadores são diferentes, e por isso recebem salários tão vultosos.
Eles não podem e não devem cair na empolgação dos torcedores.
Não é à toa que vemos nomes como Mourinho, Guardiola e Klopp, mesmo em grandes vitórias, entrando em campo após o apito final para conversar seriamente com alguns atletas. Corrigir posicionamentos, falar sobre jogadas que não foram concretizadas.
Aqui no Brasil, já assistimos a treinadores vitoriosos como Fábio Carille, Jorge Jesus, Mano Meneses ou Renato Gaúcho, em plena comemoração de gols, reunir alguns jogadores para passar instruções e consertar erros.
E é isso que Mancini deve fazer, e acredito que o faça.
Contra o Goiás, o Corinthians fez dois gols. Poderia facilmente ter feito sete, oito.
E no final do jogo por pouco não toma o empate que seria um castigo cruel para a melhor atuação do time na temporada.
Jogadores como Cazares, Otero, Mosquito, Jô, até Gabriel e Ramiro perderam gols feitos.
Alguns em jogadas lindas, trabalhadas, perfeitas: até o chute final.
Eximo apenas o Jô no lance do segundo tempo, exaltando a defesa espetacular do goleiro Tadeu do Goiás.
No mais, capricho demais, falta de convicção, falta de pontaria e até um certo relaxamento com a suposta facilidade do jogo.
O Corinthians melhorou, muito.
Mas não pode se dar ao luxo de perder pontos em jogos em que atua melhor que o adversário, mas não consegue concluir a superioridade em números.
O torcedor comemora demais o 2 a 1, com razão.
Mas teria comemorado bem mais se tivesse sido um 7.
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