Armadilha traiçoeira

Não podemos cair nessa armadilha traiçoeira de termos o 1 a 0 de vantagem.

Não podemos entrar pensando nela.

É começar o jogo como se estivesse tudo empatado.

É final, contra o arquirrival.

Nas últimas três decisões do Paulistão, o Palmeiras perdeu o primeiro jogo (3 a 1 para o São Paulo em 2022,2 a 1 para o Água Santa em 2023 e 1 a 0 para o Santos em 2024), e reverteu os resultados na volta.

A diferença é que em todos eles, o segundo jogo foi na casa deles.

Mas mesmo assim, é um alerta que não pode passar desapercebido. Eles são perigosos, não desistem. Nessa era do Abel Ferreira, criaram a fama de buscarem vitórias improváveis, fazendo nós rivais brincarem com o termo 'pacto' à respeito deles.

E vamos lembrar de 2018.

Eles venceram o primeiro jogo na nossa casa, mas fomos lá e conseguimos devolver o 1 a 0 e ganhar aquele título nos pênaltis na Arena deles.

Ou seja, nada está decidido, muito longe disso.

Nada de salto alto, moleza.

É entrar ainda mais ligado quinta-feira, pilhado, firme, vibrante, atento, concentrado, disciplinado, repito, como se não tivéssemos nenhuma vantagem.

Ter maturidade mental e disposição física, transformar o ambiente da Neo Química Arena em um inferno.

Não deixá-los respirar, sufocá-los desde o primeiro segundo.

Não ficar só recuado, se defendendo. Tem que jogar, atacar, ficar com a bola, controlar o jogo, carimbar, deixá-los cada vez mais nervosos com o passar do tempo.

Ter estratégia e sermos perfeitos taticamente.

Não é a partida para encher os olhos, e sim para levantar a taça.

É ganhar um título depois de 6 anos, diante do maior rival, na nossa casa, os impedindo de conquistarem um tetra consecutivo.

É guerra, final de Copa do Mundo!