Um torcedor foi morto depois de ser espancado por seguranças dentro do Mineirão, ontem durante o jogo do Cruzeiro, assim é a versão que circula, entre os que estavam no estádio.
“O rapaz pegou ele, o segurança, deu nele um mata-leão e já foi levando ele, abriu a porta de um quartinho e foi levando ele para dentro. Nisso, ele foi asfixiando, tampando a boca dele. Nisso, ele esmoreceu e caiu no chão. Eles voltaram com ele e colocaram ele no chão e pediram socorro”, contou a cuidadora de idosos Alessandra Luciana de Abreu.
A Secretaria Municipal de Saúde revelou que o cruzeirense chegou sem vida ao hospital e com 'múltiplos traumas':
'O paciente E.D.B deu entrada no Hospital Metropolitano Odilon Behrens às 23h07, encaminhado via ambulância privada que atende no Mineirão. O paciente chegou ao hospital já sem vida - apresentando múltiplos traumas - e o óbito foi oficialmente declarado às 23h16. O corpo foi encaminhado para o IML'
A polícia tinha soltado um versão que ele tinha enfartado...Mas o fato é que ele chegou no Hospital já morto e cheio de traumas.
Depois de tudo isso, a mídia está tratando o caso sem alardes, sem choro ao vivo, sem lamentações, sem pressionar o clube mandante do jogo, etc.
Quando caiu um pedacinho de forro na Arena Corinthians, em uma área sem movimento, falaram vários dias, todos da mídia 'preocupados' com a vida dos torcedores.
Contudo, agora, a mídia se depara com uma morte, e, diferente do caso do forro, por exemplo, agem de forma diferente. QUAL É O VALOR QUE ELES DÃO PARA VIDAS?
No Brasil, a importância que se dá a uma morte ou agressão relacionada ao futebol é condicionada a estar ou não o nome do Corinthians envolvido.
Se esta morte acontece na Arena Corinthians, explodiria uma bomba atômica no Brasil.
Ano passado, um torcedor morreu ao passar mal no Allianz Parque, mas muitos torcedores alegaram falta de socorro ao mesmo, que a arena não tinha a estrutura adequada. A mídia não ligou para o caso, tratou como fatalidade, afinal não envolvia o SCCP. Na época repercutimos isso aqui no forum:
Quando a torcida do Fla brigou em SP com a PM dentro do Pacaembu, a mídia pouco ligou e pediu punição exemplar, sendo que o STJD nem punição aplicou. Já quando teve confusão com corinthianos no Rio todos vieram babando pedindo punição e o STJD, na parte esportiva, aplicou logo uma pena relâmpago.
Quando a criança corinthiana Rodrigo Gasperi morreu dentro do estádio por causa de uma bomba atirada pela torcida do SPFC, a mídia não fez nada, nunca fez do fato um marco, diferente do caso Oruro que falarão para sempre.