Bom, esse post vai ficar meio extenso então quem ler até o final comenta abaixo sua opinião pra gente debater esse assunto.

No que eu entendo sobre futebol, no meio de campo é preciso INTENSIDADE, ou seja, brigar, dividir, se movimentar para criar linhas de passe, trocar passes rápidos com triangulações, fazendo a bola chegar aos atacantes com mais frequência.

No setor final do campo, o ataque, é preciso QUALIDADE. Caprichar na jogada, aproveitar as chances com precisão e converter volume de jogo em gols, gerando resultado.

Atualmente, pela nossa tática defensiva, formamos uma linha de 6 na defesa com os pontas encaixotando no lado da área, assim a gente troca o atacante que vai estar na primeira linha de marcação fazendo a pressão na saída de bola por um cara mais recuado.

Desta forma nós quebramos a intensidade do time inimigo no meio campo, deixando eles trocarem bola entre os zagueiros e volantes com tranquilidade. E quebramos a qualidade ofensiva do ataque com mais defensores no terço inicial de campo.

Na minha opinião deveríamos abolir esse ponta fixo ao lado do lateral, e voltar com o ponta defendendo na primeira linha de marcação, fazendo a marcação pressão.

E falando em ataque, é a primeira parte que vou comentar. Pensei em uma opção para arrumar o time taticamente, é uma opinião minha e vou comentar.

Primeiro eu armaria nosso ataque desta forma

Boselli é um cara que precisa que o time jogue pra ele, coloque intensidade em campo e faça a bola chegar, ao contrario vai pegar a bola por 15s no jogo. Mas com a bola chegando, é o nosso atacante mais técnico, com mais qualidade para finalizar.

Para municiar nosso centroavante eu iria com esse tridente de meias/atacantes bem jovens, de muito drible, criatividade, velocidade. Janderson, Vital e Pedrinho encostando para tabelar com o Boselli ou deixar ele em condição de finalizar.

Mas para isso acontecer esses jogadores PRECISAM atuar próximos a área. Com os pontas nos bicos da área e o Vital ali na meia lua. Assim os 3 podem pisar na área em um ataque.

Mas como fazer isso acontecer? Esse que é pra muitos o nosso ataque ideal, parece que nunca consegue atuar de forma ideal...

Eu tentaria jogando com compactação, subindo mais jogadores ao ataque. Liberar os laterais a subir e jogar com 2 válvulas de escape, pelos dois lados senão o time fica penso (Hoje em dia se marcar o Fagner pelo lado direito, mata nossa saída de bola) e a gente sabe que o Avelar joga praticamente de zagueiro, não sabe apoiar com passes e triangulação.

E além disso eu iria mais fundo, super respeito o Ralf, acompanhei desde que chegou ao Timão e já me deu muitas alegrias, títulos. Porém hoje em dia eu jogaria com 2 volantes de saída de bola também, para encostar nos laterais e de forma compacta termos mais jogadores para triangulações.

Eu tenho uma teoria que nesse time é fácil de um bom volante se destacar. Temos raros exemplos de volantes ruins nessa década. Normalmente quem é diferenciado no passe (Maycon, Elias) em subir de elemento surpresa (Paulinho) ou em desarme mesmo (Ralf, Gabriel) costuma ter mais tranquilidade para desempenhar sua qualidade, pois normalmente os jogadores já deram combate e fica mais fácil o desarme, ou a organização defensiva acaba forçando o adversário a fazer uma jogada arriscada, e daí os bons volantes ofensivamente se destacam quando já recuperam a posse de bola e podem atacar.

Armaria uma linha de 4 que jogaria atrás do nosso ataque (2 laterais, 2 volantes) assim nossa dupla de zaga jogaria desconectada. Para a escolha dos volantes vou usar o critério da característica da intensidade, jogadores que quebram linha de marcação com passes/triangulações, ou na disposição física, dividindo e recuperando a posse com um bom passe e o apoio necessário. Escalaria Fagner, Jr. Urso, M. Jesus e Carlos.

Essa linha de 4 'atacaria' a primeira linha de marcação, de volantes e meias/atacantes que fazem essa primeira linha de 4. Assim com entrega, movimentação, com os jogadores encostando para fazer o passe, o time brigaria para impor o seu ataque, o seu estilo de jogo ao invés de ficar esperando lá atrás. E ai vem a parte mais importante: isso naturalmente vai encaixotar o time no ataque. A presença desses jogadores buscando o ataque vai fazer com que Boselli jogue entre os 2 zagueiros, que o Pedrinho/Janderson joguem no 1v1 com o lateral (e não 1v9 tendo que driblar todo o time) e o Vital flutuando ATRÁS DO VOLANTE adversário.

Assim geraríamos várias possibilidades de triangulações Carlos/Jesus/Janderson, Jesus/Vital/Urso, Fagner/Urso/Pedrinho (Se lembram que era considerado o melhor lado direito do Brasil?). Linhas de passe, ataque 8v8, intensidade e qualidade. Se por acaso o adversário só jogar com 1 atacante enfiado para o contra-ataque (o que é difícil) e o time se defenda com 9, Bruno Mendez poderia subir até essa linha de volantes e igualar o número de 'atacantes', já que o mesmo mostrou ser muito bom com os passes, assim ainda atacaríamos com igualdade num 9v9. Daí só movimentar, correr, se dedicar, procurar ser criativo, incisivo e decisivo.

Pontos importantes:

- Nossa defesa vai ficar mais exposta, porém, é necessário uma mudança de atitude.

- Mendez vai falhar, Carlos vai falhar. São jovens. Acontece quando o jogador está em processo de amadurecimento. Mas vendo pelo outro lado já temos jogadores experientes ali no setor que podem ajudar (Gil, Fagner, Cássio) e num futuro próximo consigam absorver alguma experiência.

- Temos que contratar em dezembro. Se quiserem ao menos passar das oitavas da Libertadores vai ser necessário algumas contratações de qualidade em funções pontuais.

Assim o meu time seria:

Cássio; Fagner, B. Mendez, Gil, Carlos; Jr. Urso, M. Jesus; Pedrinho, Vital, Janderson; Boselli.

Eu arrumaria a formação tática do time desta forma. Ao meu ver vai jogar um futebol mais ofensivo e bonito.

Triangulações, Compactação, Organização e Marcação Pressão, essas sim sempre foram as características do Corinthians dessa década, e não uma retranca medrosa que se apossou desse conceito.

É isso, foi meio trampo pra fazer o tópico, da um soco pra cima pra dar uma força kkk