Em fevereiro, quando o Corinthians anunciou o técnico Vítor Pereira, o objetivo era claro para dirigentes, imprensa e torcedores: de alguma forma encaixar William, Renato Augusto, Paulinho, Giuliano e Roger Guedes na equipe para brigar pelo título da Libertadores. Cabe lembrar que há pouco tempo se falava no Corinthians abrir mão de ser competitivo para se reestruturar financeiramente como fez o Flamengo tempos atrás, o que não é(felizmente pra alguns) a realidade.
Em um primeiro momento, Vítor até tentou tentou escalar os 'medalhões' juntos e diagnosticou sem impossível, perdeu Paulinho por toda temporada justamente em uma partida que poderia poupá-lo, e mesmo diante de críticas dos torcedores e imprensa, não insistiu no erro e deixou claro em suas coletivas que encontrar onze titulares com o calendário brasileiro e elenco que tem em mãos, é inviável.
Essa necessidade de intensidade e obediência tática fez com que VP recorresse aos jovens da base. Quem no início da temporada diria que Mantuan, Du Queiroz e Adson seriam os principais destaques dessa equipe? Tudo isso isso para que o Corinthians possa se manter vivo e brigando por todas competições, o que consequentemente diminui o desempenho de atletas que não entregam essa eficiência tática, como é o caso do Renato Augusto, que não perdeu desempenho por falta de vontade, mas sim por sua melhor característica ser técnica e não tática.
Observem: Há pouco tempo, qual era o motivo do Roger Guedes ter perdido a titularidade? Na ocasião ele tinha os melhores números individuais do elenco mas não entregava o que o Vítor pede, que é o cumprimento tático! Mas por que isso? Ele não quer depender de individualidades e/ou genialidades dos seus atletas, ou seja, quer depender cada vez menos de variáveis do jogo e jogadores que tem esse entendimento passaram a se destacar.
Ao tirar o foco do jogo de atletas individualmente melhores, isso potencializou os jovens, que por ainda estarem em formação e sem 'vícios' como os mais experientes, se adequam mais as condições propostas pelo treinador e potencializam o coletivo, e aos críticos que esquecem, o futebol ainda é um esporte coletivo.
Isso obviamente contribui ao Corinthians, não só dentro de campo. Mantuan hoje tem um valor de mercado de no mínimo 10 milhões de Euros(R$ 55,39 milhões na cotação atual), Du Queiroz que meses atrás era chamado de 'pé de rato', hoje é colocado na mesma prateleira de Danilo do Palmeiras, que está avaliado em cerca de 20 milhões de Euros(R$ 110,81 milhões) e sem falar do Adson e Robert Renan. Isso valoriza e aumenta a visibilidade das categorias de base do clube; hoje o Corinthians tem ganho técnico com esses jovens e certamente terá também ganho financeiro, o que não ocorreria se seguissem apostando apenas nos atletas renomados.
Pra finalizar, Vítor não faz um trabalho de treinador que assinou apenas um ano de contrato, em um curto espaço de tempo e sem ter tido pré-temporada o técnico português entrega resultados e uma ideia de quem prospecta um trabalho de longo prazo.
_____________
Obs: Estava muito tempo sem escrever, queria só trazer minha análise pra vocês e se quiserem seguir minha página, fiquem a vontade: https://www.facebook.com/boleirosrp Log into FacebookLog into Facebook to start sharing and connecting with your friends, family, and people you know.facebook.com
Outra coisa que queria falar é que o mental dos atletas do Corinthians nesse tempo tem melhorado, acho que tem muito que melhorar ainda nesse aspecto mas é algo que eu falo há anos no Corinthians, os mata-matas que perdemos foi por isso e é o primeiro treinador que vi tentar mudar isso aqui. Não está no ideal ainda, mas há melhora