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Alessandro: ídolo verdadeiro e herói em extinção. - Por Ricardo Taves
Publicado no Fórum do Meu Timão em 20/05/2013 às 21:50
Por Gabriel Schneider
(@gabriel1709)
Em 17 de janeiro de 2008 quando o Corinthians estreou no Campeonato Paulista daquela temporada, Alessandro fez seu primeiro jogo no Timão. Diferente dos anos seguintes usou a camisa cinco. Cinco de volante, de quem iria compor o meio-de-campo, como fez naquela oportunidade junto a Perdigão, já que Eduardo Ratinho foi o titular pela lateral.
Bastaram dois jogos para Mano Menezes mudar a formação. Depois do revés contra o São Caetano na segunda rodada, Alessandro assumiu a lateral contra o Paulista na rodada seguinte e de lá nunca mais saiu. São 234 jogos e cinco temporadas completas. A sexta caminhando e importantes conquistas. No primeiro ano, além do vice da Copa do Brasil, esteve presente no título do acesso. Em 2009 foi campeão estadual e da Copa do Brasil, passou pelo perrengue do centenário, sobreviveu ao desastre do Tolima e ergueu o Brasileirão de 2011, a Libertadores e o Mundial de 2012, além do Paulistão de 2013. Um currículo de muito respeito.
Respeito que sempre teve com a nossa camisa. Foi de Alessandro o gol contra o Palmeiras, dias depois de o Timão cair na Colômbia, que deu a vitória e talvez sobrevida a Tite no comando da equipe. Foi ele que teve brio para empurrar a placa e mandar a torcida palmeirense para o inferno (para dizer de forma educada).
Futura Press
Em 2010, quando o Corinthians lançou a camisa roxa do “Espírito Guerreiro”, aquela com uma cruz, foi Alessandro o escolhido para simbolizar a frase da campanha. Não foi por acaso.
Muitos jogadores chegaram ao clube desde o rebaixamento. Precisamente 82. A maioria deles se foi, outros poucos permanecem, mas como titular apenas ele.
Muitos leitores e seguidores deste blog estão na adolescência. Tinham cinco, seis, sete ou oito anos quando Alessandro começou a trilhar seu caminho com a camisa corinthiana. São líderes da campanha para que perca a sua titularidade.
Os já adultos desde então, também não querem mais que o camisa dois permaneça na equipe. Pregam a coerência de Tite para o caso.
Em minha opinião o tempo de Alessandro no Corinthians não passou, mas a titularidade sim. O cara do grupo, aquele que tem a voz mais forte, que coloca no lugar um argentino que chega aqui falando pelos cotovelos e que segura às pontas nas horas mais difíceis, infelizmente está chegando ao final da sua carreira. Serão pouco mais de seis meses até o término do Brasileirão e a partir disso Alessandro será história.
Hoje, reconheço, gostaria de ver Edenílson atuando em seu lugar. Acho que o cara está melhor fisicamente, em melhor fase técnica e por merecimento deveria ser escalado.
O que não significa que quero Alessandro fora.
É hora de o guerreiro dar seu último suspiro. Se preparar para o último ato. Correr atrás do prejuízo, treinar mais se for preciso, se esforçar mais se assim for necessário e ajudar o Corinthians na busca por mais três taças que podemos conquistar em 2013.
Rala, guerreiro. O verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento, quando tudo parece perdido.
Mas não importa o que aconteça. Para mim, você já é um verdadeiro ídolo. Um verdadeiro herói.
Daqueles que honram nossa camisa ao extremo, lutam até o final e quando alguém quer estragar esse final, atirando sinalizadores para dentro do campo, é ele que vai e manda a coisa parar.
Não se enganem pela falta de palavras de Alessandro nos microfones. No lugar que ele precisa usar sua voz, ele usa. E com propriedade.
E mesmo na hora que quiserem sua saída, peçam com o respeito que ele merece. Fez por merecer.
http://globoesporte.globo.com/sp/torcedor-corinthians/platb
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@gabriel.laira em 20/05/2013 às 22:10
Aquele gol contra o Palmeiras foi fantástico...
@gustavo.bologna em 20/05/2013 às 22:02
Os grandes líderes são os que menos falam, não precisam expor sua liderança perante a imprensa. Veja só o Danilo também, um jogador espetacular que foi muito criticado pela torcida (inclusive por mim), e hoje é um dos melhores jogadores de meio de campo do Brasil, e o mais decisivo ao lado do Paulinho no Corinthians.